Consumo das famílias, investimento e balança pesam no PIB do 2º tri
A queda de 0,6% no PIB do 2º trimestre de 2016 também pode ser explicada pela desaceleração nas exportações e alta nas importações

A queda de 0,6% no PIB do segundo trimestre de 2016 ante o trimestre imediatamente anterior pode ser explicada pelo consumo das famílias, que continua em queda (-0,7%); pelo consumo da administração pública, que variou -0,5% na comparação trimestral, após crescer 1,0% no primeiro trimestre; pela desaceleração nas exportações – que cresceram 0,4% no segundo trimestre após registrar 4,3% de alta no trimestre anterior – e alta nas importações, que cresceram 4,5%.
“O importante é que quem tem mais peso, que é o consumo das famílias, continua puxando pra baixo, a administração pública que também tem peso considerável trocou: crescia 1% e agora caiu 0,5%, e a importação com a exportação foi o que contribuiu mais negativamente nessa queda do PIB”, explicou Rebeca de La Rocque Palis, coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Comércio exterior – O comércio exterior teve contribuição negativa para o PIB no segundo trimestre ante o trimestre imediatamente anterior, com as exportações (0,4%) crescendo menos que as importações de bens e serviços (4,5%), com influência do câmbio.
“Dessa vez o comércio exterior teve contribuição negativa. A gente teve uma apreciação cambial no segundo trimestre e a exportação fica menos competitiva”, explicou a gerente de Contas Trimestrais do IBGE, Claudia Dionisio.
Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, as importações recuaram 10,6% no segundo trimestre de 2016, o sétimo resultado negativo consecutivo, mas o menos intenso desde o primeiro trimestre de 2015, quando caíram 5,0%.
Em relação ao primeiro trimestre deste ano, as importações aumentaram 4,5%, a primeira alta após quatro trimestres em queda O resultado foi o mais acentuado desde o 1º trimestre de 2013, quando as importações cresceram 4,6%.
FBCF – A alta de 0,4% na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) no segundo trimestre ante o primeiro trimestre de 2016 interrompe uma sequência de dez trimestres consecutivos de retração, segundo os dados das Contas Nacionais Trimestrais, do IBGE.
Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, a FBCF diminuiu 8,8% no segundo trimestre, completando nove trimestres de quedas No entanto, a retração foi a menos acentuada desde o quarto trimestre de 2014, quando caiu 6,9%.
A FBCF é a operação das Contas Nacionais que registra a ampliação da capacidade produtiva futura de uma economia por meio de investimentos correntes em ativos fixos, ou seja, bens produzidos factíveis de utilização repetida e contínua em outros processos produtivos por tempo superior a um ano sem, no entanto, serem efetivamente consumidos pelos mesmos.
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