Publicado em 30/10/2015 às 14h50.

Cineasta Roman Polanski não será extraditado para os EUA

Diretor foi condenado em 1977 por abuso sexual

Redação

O realizador Roman Polanski não vai ser extraditado para os Estados Unidos. Esta foi a decisão anunciada nesta sexta-feira pelo juiz polaco Dariusz Mazur. Foi no início do ano que o pedido da justiça norte-americana, pela condenação de abusos sexuais a uma menor em 1977, deu entrada num tribunal de Cracóvia, na Polónia.

“O tribunal concluiu que é inadmissível a extradição para os Estados Unidos do cidadão polaco e francês Roman Polanski”, disse aos jornalistas no final da sessão o juiz Dariusz Mazur, citado pelo The Guardian. Embora o realizador, de 82 anos, se tivesse apresentado em tribunal logo na primeira sessão, em fevereiro, nesta sexta-feira, dia da decisão final, Polanski optou por não comparecer. “Razões emocionais” foram evocadas por um dos advogados do cineasta, Jan Olszewski.

O realizador de O Pianista – que lhe valeu um Oscar, além da Palma de Ouro de Cannes – e pelos clássicos O Bebê de Rosemary e Chinatown, está atualmente rodando na Polónia seu próximo filme, sobre o caso Dreyfus, um escândalo político que dividiu a França durante muitos anos no final do século XIX. Em outubro, a justiça polaca já tinha recusado o pedido de detenção feito pelos Estados Unidos, decidindo analisar o pedido de extradição.

Essa disputa judicial já dura 38 anos. A primeira detenção de Polanski ocorreu logo depois do abuso sexual, ocorrido em 1977, durante uma festa na casa do ator Jack Nicholson, quando o cineasta já tinha 44 anos – 31 a mais que a vítima. Na época ele se declarou culpado, mas, temendo que o juiz não cumprisse um acordo e o condenasse, fugiu no ano seguinte para o Reino Unido e nunca mais voltou aos EUA.

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