Bancada federal do PT divulga manifesto contra anistia ao caixa 2
Petistas afirmam que um dos objetivos da medida seria "proteger deputados que votaram pelo impeachment" de Dilma de processos constitucionais
Os deputados do Partido dos Trabalhadores na Câmara Federal divulgaram uma nota pública em que dizem demonstrar preocupação com a possibilidade da alteração do projeto de lei que tramita na Casa, que trata das 10 medidas de combate à corrupção. No comunicado, os petistas se declaram contrários a pontos do pacote que, em caso de aprovação, abrangeriam a anistia ao caixa 2 e a lavagem de dinheiro via contribuição eleitoral.
Ao fazer um paralelo com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, a bancada afirma que um dos objetivos da medida seria o de “proteger deputados que votaram pelo impeachment da presidenta Dilma e que podem ser envolvidos com este crime eleitoral nas investigações em curso”.
Assinaram o manifesto os seguintes parlamentares: Margarida Salomão (PT-MG), Henrique Fontana (PT-RS), Moema Gramacho (PT-BA), Waldenor Pereira (PT-BA), Givaldo Vieira (PT-ES), Paulo Pimenta (PT-RS), Elvino Bohn Gass (PT-RS), Pepe Vargas (PT-RS), Luizianne Lins (PT-CE), Zé Carlos (PT-MA), Pedro Uczai (PT-SC), Helder Salomão (PT-ES), Padre Luís Couto (PT-PB), Érika Kokay (PT-DF), Padre João (PT-MG), Ana Perugini (PT-SP), Adelmo Carneiro Leão (PT-MG), Raimundo Angelim (PT-AC), Chico Dângelo (PT-RJ), Maria do Rosário (PT-RS), João Daniel (PT-SE), Jorge Solla (PT-BA), Décio Lima (PT-SC), Marcon (PT-RS), Valmir Assunção (PT-BA) e Paulo Teixeira (PT-SP).
Confira a nota na íntegra:
“Nós, abaixo-assinados, Deputados Federais pelo Partido dos Trabalhadores, na ocasião em que se debatem as chamadas “Dez Medidas contra a Corrupção”, vimos de público manifestar as seguintes posições:
1. O Partido dos Trabalhadores acumula, na história brasileira, importante legado no combate à corrupção histórica e endêmica ao estado brasileiro. Foram os governos do Partido dos Trabalhadores que fortaleceram e equiparam a Polícia Federal, fortaleceram e reconheceram a autonomia do Ministério Público, estruturaram a Controladoria Geral da União, propuseram medidas legislativas como o instituto da delação premiada, que levaram ao presente enfrentamento de práticas lesivas e corrosivas da vida pública brasileira.
2. Reconhecendo expressamente que, antes dos governos do Partido dos Trabalhadores, as iniciativas de combate à corrupção foram reprimidas e engavetadas, devemos agora fortemente condenar a administração seletiva da justiça, que leva a uma criminalização preferencial da esquerda e do Partido dos Trabalhadores e de suas lideranças como responsáveis pelos malfeitos que assolam a vida pública brasileira. Isso quando, a cada dia, fica mais clara para a população a situação das lideranças golpista como líderes máximos da corrupção no Brasil.
3. Nesse contexto, reafirmamos o nosso compromisso de combate à corrupção e queremos considerar que as ” Dez Medidas” não podem, mesmo nos seus propósitos meritórios, contribuir para a redução do direito de defesa, o que irá penalizar, com certeza, a população mais pobre. A luta contra a corrupção não pode, sob nenhuma escusa, ocorrer a expensas da parcela mais desprotegida e menos privilegiada da população.
4. Por isso, votaremos nas Medidas, que, preservando os direitos constitucionais e de defesa, sejam efetivas no combate à corrupção.
5. Isso dito, queremos repudiar qualquer tentativa de anistia ao caixa dois, que se pretenda, como penduricalho, agregar a estas medidas contra a corrupção. Entendemos que seja este um dos objetivos do golpe: ” estancar a sangria”, nas palavras de um dos golpistas; proteger deputados que votaram pelo impeachment da presidenta Dilma e que podem ser envolvidos com este crime eleitoral nas investigações em curso.
6. Por outro lado, reiteramos que é inaceitável criminalizar doações legais e devidamente contabilizadas.
7. Portanto, reafirmamos nosso compromisso com a construção de um estado democrático de direito no Brasil e denunciamos quaisquer iniciativas que possam ameaçar garantias constitucionais e, ao mesmo tempo, anistiar o caixa dois.”
Mais notícias
-
Política
21h30 de 04 de maio de 2024
Lula volta ao Rio Grande do Sul neste domingo
Informação foi divulgada pelo ministro Paulo Pimenta
-
Política
19h30 de 04 de maio de 2024
‘Não mediremos esforços’, diz Lula sobre apoio ao Rio Grande do Sul
Presidente afirmou que está em contato permanente com o governo da região afetada pelas fortes chuvas
-
Política
18h00 de 04 de maio de 2024
‘Nossa cidade merece mais’, diz Geraldo Jr. pré-candidato a prefeito de Salvador
"É por vocês que me dedico todos os dias porque sei que a nossa cidade merece mais"
-
Política
16h30 de 04 de maio de 2024
Michelle Bolsonaro recebe título de Cidadã Amazonense
Título recebido pela presidente do PL Mulher foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) no ano passado por unamidade
-
Política
14h00 de 04 de maio de 2024
Brasil e Japão assinam 40 acordos em áreas como agricultura e segurança cibernética
Primeiro-ministro japonês, Fumiu Kishida encontrou o presidente Lula nesta sexta-feira (3), no Palácio do Planalto
-
Política
10h30 de 04 de maio de 2024
Apenas 3 deputadas gaúchas destinaram verba para prevenir desastres no RS em 2024
Segundo o ICL Notícias, somente emendas de Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Maria do Rosário (PT-RS) e Reginete Bispo (PT-RS) foram enviadas para este fim
-
Política
10h00 de 04 de maio de 2024
Convidada por Eduardo Paes, Janja pode se encontrar com Madonna no Rio de Janeiro
Segundo Lauro Jardim, existe a expectativa do encontro, embora não haja confirmação oficial
-
Política
09h00 de 04 de maio de 2024
Sem quórum na Alesc, emperra PL que prevê título de cidadão catarinense a Bolsonaro
Projeto rendeu alvoroço, pois norma editada em 2021 para retaliar Lula (PT) impede a concessão de honraria a pessoas que estão inelegíveis
-
Política
22h00 de 03 de maio de 2024
Lula sanciona marco legal dos jogos eletrônicos no Brasil
Pelo texto, a indústria do setor, por meio dos desenvolvedores de games, deve proteger crianças e adolescentes da exposição a jogos violentos ou abusos
-
Política
21h00 de 03 de maio de 2024
Advogado diz que Cid admitiu que ‘pisou na bola’ ao criticar investigação da PF
Tenente-coronel Mauro Cid foi solto nesta sexta-feira (3)