Publicado em 13/08/2025 às 06h15.

OPINIÃO: Realidade paralela

Artigo escrito pelo atual líder da oposição na ALBA e presidente do PSDB na Bahia, Tiago Correia

Tiago Correia
Foto: Assessoria / Tiago Correia

 

Lendo o artigo do presidente do PT da Bahia, Éden Valadares, a sensação é de que ele vive em uma realidade paralela, a “Jerolândia”. Ele tenta distorcer os fatos ao criticar o prefeito de Salvador, Bruno Reis, em relação às tarifas anunciadas pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump, tentando surfar na onda do “tarifaço” que teria melhorado a desaprovação do presidente Lula.

É oportuno esclarecer que a política de comércio exterior é competência exclusiva do Governo Federal, e não das prefeituras. Assim, qualquer medida ou negociação sobre o tema cabe ao presidente Lula e à sua equipe, justamente aqueles que, por ineficiência e má condução diplomática, contribuíram para o agravamento do cenário.

Lula, em vez de acalmar tensões e buscar uma solução negociada, optou por um discurso político-ideológico que acirrou o conflito e aumentou o impacto negativo das tarifas. A “prática” a que Éden tanto se refere revela-se no prejuízo real que essas decisões geram para a economia baiana e para milhares de trabalhadores, especialmente nos setores de exportação.

Se o critério da verdade é a prática, como cita Éden, então a verdade é dura: após quase duas décadas de governos do PT na Bahia, temos o pior desempenho do país na segurança pública, com índices de homicídios alarmantes, e resultados vergonhosos na educação, colocando o Estado entre os últimos no IDEB e na aprendizagem básica. Esses são os frutos da “prática” que o PT tenta vender como solução.

O governador Jerônimo Rodrigues, citado como exemplo, é parte desse histórico de fracassos. Sua gestão, assim como a de seus antecessores petistas, não apresentou avanços concretos que revertessem a violência crescente ou melhorassem os indicadores educacionais e econômicos da Bahia.

No lugar de propaganda, a população espera resultados, e estes, infelizmente, continuam sendo os piores possíveis. Em relação à política de tarifas internacionais, o melhor que o governador pode fazer é aconselhar o presidente Lula, que insiste em discursos ideológicos e na condução de uma política externa desastrosa.

A frase “a prática é o critério da verdade” cai como uma luva para avaliar os governos do PT: a teoria é bonita, o discurso é eloquente, mas a prática mostra um Estado mais violento, com educação precária e oportunidades reduzidas. Eis a verdade.

As opiniões contidas neste artigo não necessariamente refletem o posicionamento do portal bahia.ba, sendo de total responsabilidade do autor

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