Publicado em 20/05/2025 às 11h42.

Bahia inicia instalação de laboratórios maker nas escolas estaduais de ensino

Inauguração foi realizada em Salvador, no CEEINFOR Mãe Stella, com a presença da ministra Luciana Santos

Redação
Foto: Milena Fahel/GOVBA

 

O Governo do Estado deu início, nesta terça-feira (20), à implantação de 180 laboratórios maker em escolas da rede estadual de ensino. A primeira unidade foi inaugurada no Centro Estadual de Educação, Inovação e Formação (CEEINFOR) Mãe Stella, no bairro do Cabula, em Salvador. A cerimônia contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e de secretários estaduais.

O governador visitou o novo laboratório e conheceu alguns projetos realizados pela escola, experimentou alguns equipamentos, como os óculos de realidade virtual e comentou o trabalho realizado pelos estudantes.

“Nossa ciência está sendo reescrita pelos nossos meninos e meninas. Nos nossos laboratórios, a gente vê eles pegarem o conceito fechado de ciência e reconstruí-lo, com criatividade, com desempenho. Com o equipamento na mão, com o computador, com esse conjunto de tecnologias, isso vira o que eles chamam de mágica para conceituar a ciência”, destacou.

A iniciativa integra o programa ‘Mais Ciência na Escola’, parceria da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (Secti) e da Secretaria da Educação (SEC) com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que fomenta o acesso de estudantes à iniciação científica e ao uso de tecnologias. Os laboratórios maker serão equipados com impressoras 3D, tablets, notebooks, computadores e kits de robótica. Além da infraestrutura tecnológica, o programa também prevê bolsas para estudantes e professores, formações pedagógicas, feiras e olimpíadas científicas.

O investimento total estimado para a estruturação dos 180 laboratórios é de R$ 21 milhões — R$ 18 milhões somente do MCTI. Para o laboratório do CEEINFOR, o investimento inicial é de R$ 100 mil, por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O espaço se soma a outros de formação da escola, que já conta com cursos técnicos integrados de informática, administração, nutrição, análises clínicas e meio ambiente.

Segundo a ministra Luciana Santos, o potencial dos laboratórios é o fortalecimento da formação de futuros cientistas oriundos da rede pública. “Hoje nós temos uma revolução tecnológica em curso, na vida prática, a chamada indústria 4.0 e aqui os estudantes desde a escola ficam se adaptando a essas novas tecnologias. Por isso a importância da impressora 3D, por isso a importância da robótica, por isso a importância da microeletrônica. Isso tudo faz uma diferença enorme no aprendizado e é o que nós queremos, que a nossa nação cada vez mais eleve o seu nível cultural”, pontuou.

Lei PopCiência Bahia

Na avaliação do secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, André Joazeiro, a Bahia sai na frente ao integrar políticas de educação com inovação tecnológica, acrescentando que os laboratórios fazem parte de um pacote de ações anunciadas pelo governo baiano nesta segunda-feira (19).

“Sancionamos a lei [PopCiência Bahia] ontem e vamos, a partir de agora, dar oportunidade para aqueles alunos com vontade de fazer ciência nas escolas e colocar no clube [de ciência]. A Secti entra fazendo a trilha da inovação dentro desse clube. O menino ou a menina tem uma ideia, primeira coisa que fazemos na trilha é a patente, protegendo a propriedade intelectual dele, depois a gente capacita, dá as ferramentas. Por exemplo, ajudando ele a montar uma empresa, uma startup, com orientação jurídica, financeira, com plano de negócio”, detalhou.

Joazeiro ainda acrescentou que a partir do Inovatec, programa estadual de investimentos, os estudantes poderão levar seu projeto adiante, para fora do ambiente escolar.

“Se o projeto amadurecer, entramos com a aceleração. Esses estudantes vão receber mentorias especializadas, direcionadas para o projeto deles. Ao final do projeto, o Inovatec, que é o nosso programa estadual de investimentos, vai poder investir no projeto dele. Quem faz isso é um fundo de investimento, geralmente, mas o ara essa garotada o Governo do Estado vai fazer esse papel de investidor”.

A Lei PopCiência Bahia institui uma política permanente de incentivo à Ciência, Tecnologia e Inovação com formação científica de estudantes da rede estadual. O projeto reunirá, de forma articulada entre a SEC e da Secti, iniciativas transdisciplinares voltadas à formação científica das juventudes baianas.

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