Bahia tem 12 empregadores incluídos na ‘lista suja’ do trabalho escravo

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou, nesta terça-feira (7), a nova atualização da chamada “lista suja” do trabalho escravo, que reúne empregadores flagrados submetendo trabalhadores a condições degradantes no Brasil. Nesta edição, 12 empregadores da Bahia foram incluídos na relação.

De acordo com o MTE, os casos ocorreram nos municípios de Jacobina, Correntina, Ibititá, Santa Inês, Salvador, Maiquinique, Sento Sé e Barreiras, totalizando 67 trabalhadores resgatados de situações análogas à escravidão. Em todo o país, a lista traz 159 nomes, sendo 101 pessoas físicas e 58 pessoas jurídicas, o que representa um aumento de 20% em relação à última atualização.

A inclusão no cadastro ocorre somente após a conclusão de processos administrativos, que garantem ampla defesa e contraditório aos autuados. Os nomes permanecem na lista por dois anos, e são retirados apenas após o cumprimento das exigências legais e trabalhistas. Nesta edição, 184 empregadores foram excluídos por já terem cumprido o prazo determinado.

Entre os nomes incluídos estão Gildo Mota de Almeida Pedreira, Gilson Luiz Alves de Jesus, João Eraldo Moreira da Silva e Laelson Ferreira de Oliveira, todos de Jacobina; Milton Hartmann, de Correntina; José Simões Amaral, de Ibititá; José Wilson Nunes Moura, de Santa Inês; Laurencio Rios dos Santos, de Salvador; Orlando Emmanuel de Castro Cavalcante Barbosa e Orlando Pessoa Primo, de Maiquinique; André Silva de Souza, de Sento Sé; e Ronaldo Batista Ferreira, de Barreiras.

Segundo o Ministério, a “lista suja” é uma ferramenta essencial de transparência pública e combate ao trabalho escravo, servindo como referência para bancos, empresas e órgãos fiscalizadores que condicionam financiamentos e contratos à não participação em práticas abusivas.