Publicado em 16/06/2016 às 20h20.

Equipe médica do HGE é demitida e Sindimed protesta

O vice-presidente do Sindimed, Luiz Américo Câmara, teme que leitos que haviam sido fechados para reforma não voltem a funcionar

Redação
A vítima foi levada para o HGE (Foto: Reprodução Flickr)
Foto: Divulgação/ Secom

 

O Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed) denunciou, nesta quinta-feira (16), a demissão de uma equipe de cerca de 10 médicos plantonistas que atuava em uma das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador.

O vice-presidente do Sindimed, Luiz Américo Câmara, informou ao G1 que nove leitos de UTI da unidade foram fechados em 2014, por conta da reforma que está sendo realizada no local. A equipe que foi demitida chegou a ser remanejada para outros leitos na ocasião. Para ele, a demissão leva a entender que os novos leitos criados na reforma não deverão ser abertos.

Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) confirmou as demissões, mas destacou que a decisão não afeta o atendimento à população e que os leitos que foram fechados para reforma serão reabertos.

Ainda conforme a secretaria, por conta das obras de reforma e ampliação do hospital, iniciadas em 2014, foi necessária uma readequação temporária do número de leitos de UTI para ampliação do número de leitos do Centro de Recuperação Pós Anestésico (CRPA).

Ainda segundo a secretaria, a equipe de médicos havia sido contratada, inicialmente, para atuar no HGE 2, nova unidade que seria inaugurada no final de 2015. Por questões técnicas, a obra teve que passar por ajustes no projeto inicial, o que impossibilitou, até o momento, a sua abertura. Com isso, esses médicos foram distribuídos em setores do HGE.

Com o encerramento do contrato, os profissionais deixaram de atuar na unidade, sem nenhum prejuízo para o atendimento à população. Ainda de acordo com a Sesab, o HGE 2 contará com 40 leitos de UTI.

Através de nota, o Sindimed repudiou a demissão dos médicos e afirmou que enviou ofício ao secretário de Saúde, Fábio Villas Boas, pedindo a revisão imediata da medida. Ainda segundo o Sindimed, uma denúncia foi encaminhada ao Ministério Público do Trabalho (MPT), além de ofícios para o Conselho Regional de Medicina (Cremeb) e a diretoria geral do hospital.

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