Publicado em 03/02/2025 às 16h55.

Expedição define estratégias para remoção do coral invasor na Ilha de Itaparica

Na terça (4), acontece última expedição de monitoramento para definir técnicas no combate ao coral Chromonephthea braziliensis em Itaparica

Redação
Foto: Ascom/Inema

 

Nesta terça-feira (4), acontece a última expedição de monitoramento para definir as técnicas mais eficazes no combate ao coral invasor Chromonephthea braziliensis na Ilha de Itaparica. A ação ocorre no píer da ilha e é coordenada pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema), pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e por pesquisadores de instituições parceiras. O objetivo é conter a proliferação da espécie, que ameaça a biodiversidade marinha da Baía de Todos-os-Santos. Com a conclusão desta fase, será desenvolvido um plano de trabalho para definir o cronograma de remoção completa do coral invasor.

Como parte da ação, a secretaria, juntamente com o Inema, pesquisadores e representantes da prefeitura, também se reunirá com marisqueiras e pescadores para apresentar os resultados e apresentar as próximas etapas do projeto. O encontro ocorrerá às 10h, na Escola de Tempo Integral Ernesto Carneiro Ribeiro. Os estudos realizados até o momento indicam que a combinação de dois métodos – a aplicação de sal azedo diretamente sobre o coral e a remoção manual – pode ser a abordagem mais eficiente para conter sua expansão.

O coral invasor Chromonephthea braziliensis foi identificado há um ano por pescadores da região e tem causado preocupação devido à sua rápida proliferação. A espécie compete por espaço com corais nativos, além de liberar substâncias que dificultam a predação e podem causar necrose em outros organismos marinhos. A longo prazo, sua presença pode comprometer a biodiversidade da Baía de Todos-os-Santos, afetando a estrutura ecológica dos recifes e os serviços ecossistêmicos essenciais para a pesca e a proteção costeira.

O projeto para a remoção do coral invasor conta com a autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Inema, além do suporte da Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa), da Marinha e da Capitania dos Portos da Bahia. Também participam pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e do Centro Universitário Senai/Cimatec e a ONG PRÓ-MAR.

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