Jerônimo reforça integração entre forças de segurança e uso de inteligência no combate ao crime

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) defendeu, nesta quarta-feira (29), uma estratégia baseada em inteligência, integração e cooperação federativa para enfrentar o avanço do crime organizado no país. Em entrevista à TV Bahia, o petista destacou que o problema ultrapassa as fronteiras estaduais e requer uma ação conjunta entre União e estados para conter o fortalecimento das facções criminosas.

Jerônimo lamentou as mortes de civis durante as recentes operações no Rio de Janeiro e ressaltou que a prioridade das forças de segurança deve ser a proteção de trabalhadores e de pessoas em situação de vulnerabilidade que vivem nas áreas mais afetadas pela violência. “É uma situação nacional, e nós precisamos garantir que a população de bem não sofra com o reflexo dessas disputas criminosas”, afirmou.

O governador comentou ainda sobre a Operação Contenção, deflagrada no Rio de Janeiro para enfraquecer o Comando Vermelho e que resultou na prisão e morte de baianos ligados à facção. Ele explicou que o secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, acompanha de perto os desdobramentos da ação e mantém diálogo constante com autoridades fluminenses. O objetivo é monitorar possíveis impactos no estado e reforçar o compartilhamento de informações estratégicas entre as forças policiais.

Segundo Jerônimo, embora a operação seja conduzida pelo governo do Rio, a Bahia está em alerta e adota medidas preventivas para impedir qualquer tentativa de expansão das facções. Ele afirmou que a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA) tem atuado de forma integrada, com a união das polícias Civil e Militar e o uso de tecnologia e inteligência para fortalecer as ações de repressão e investigação.

“Estamos atentos e preparados para reagir a qualquer movimentação. Nossas forças de segurança trabalham de forma articulada e com base em dados de inteligência, para que possamos agir com firmeza, mas também com responsabilidade”, explicou o governador.

Jerônimo defendeu que o enfrentamento ao crime não pode se limitar à força bruta, e sim ser sustentado por políticas públicas permanentes que unam prevenção, investigação e punição. Ele destacou a importância da parceria com o governo federal na criação de uma política nacional de segurança que enfrente as causas estruturais da criminalidade.