Publicado em 25/11/2019 às 15h29.

Membros do MST e da PF entram em confronto durante reintegração de posse

A área da Codevasf, que fica entre os municípios de Juazeiro e Casa Nova, tem cerca de 1.727 hectares e pertence aos projetos Salite e ao Senador Nilo Coelho

Redação
Foto: Divulgação/Polícia Federal
Foto: Divulgação/Polícia Federal

 

Membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Polícia Federal entraram em confronto, na manhã desta segunda-feira (25), no norte da Bahia, durante uma reintegração de posse em uma área da Companhia de Desenvolvimento dos Vale do São Francisco e do Parnaíba (Codefasf).

Segundo testemunhas, os policiais chegaram na área de ocupação às 5h acompanhados de homens da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Militar da Bahia. Porém, os sem terras atearam fogo em pneus na entrada do acampamento e um grupo formou uma barreira para impedir o cumprimento da ordem judicial.

A PF confirmou que usou a força “para efeito moral” com balas de borracha e bombas de efeito moral contra o grupo, mas nega que houve um confronto. Alguns membros do MST foram atingidos durante a confusão, mas não tiveram ferimentos graves. Eles foram atendidos ainda no acampamento.

A área da Codevasf, que fica entre os municípios de Juazeiro e Casa Nova, tem cerca de 1.727 hectares e pertence aos projetos Salite e ao Senador Nilo Coelho.

Cerca de 700 famílias viviam no local desde abril de 2012. Elas estavam distribuídas em 19 lotes e cultivavam frutas, como melão, pinha e uva além da criação de caprinos e ovinos. Com a reintegração, as famílias foram levadas para um assentamento da região com auxílio de um ônibus e caminhão cedidos pela Codevasf e pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

O Projeto Senador Nilo Coelho gera mais de 60 mil empregos diretos e indiretos e incremento anual de R$ 1,42 bilhões na economia da região, segundo a Codevasf. Com relação ao Projeto Salite, a reintegração de posse, de acordo com a Codevasf, “evitará a paralisação do projeto, que representaria um imensurável impacto social e econômico para a região, com a perda da eficiência dos investimentos realizados pelo Governo Federal (R$ 820 milhões) e da perspectiva de geração de mais de 9 mil empregos diretos e indiretos”.

 

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