Operação desarticula grupo criminoso que usava deepfake em fraudes bancárias

Foram apreendidas 136 cédulas de identidade falsas, 11 máquinas de cartão, 20 cartões de crédito em nome de terceiros, nove celulares e 110 chips

Redação

Um homem foi preso e materiais usados em fraudes eletrônicas contra instituições financeiras foram apreendidos durante a Operação Deep Fraud, deflagrada na terça-feira (17) pela Polícia Civil. A investigação aponta que o grupo utilizava tecnologia de deepfake para burlar sistemas de segurança de bancos.

A ação foi realizada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), vinculada ao Departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC). Mandados foram cumpridos no povoado de Barra do Jacuípe, em Camaçari, e nos bairros de Matatu e Coutos, em Salvador.

Foram apreendidas 136 cédulas de identidade falsas, 11 máquinas de cartão, 20 cartões de crédito em nome de terceiros, nove celulares, 110 chips, uma impressora e um notebook. Um dos suspeitos foi preso em flagrante com parte do material.

Segundo a polícia, os criminosos usavam deepfake, tecnologia de inteligência artificial que permite manipular imagens e vídeos — para criar identidades falsas e acessar créditos pré-aprovados em nome de terceiros. O golpe permitia a abertura de contas bancárias e causava prejuízos às instituições.

“O uso dessa tecnologia representa um novo estágio na sofisticação das fraudes. Estamos reforçando nossas ações de inteligência para combater essas práticas e proteger os sistemas bancários e os usuários”, afirmou o diretor do DEIC, delegado Thomas Galdino.