Publicado em 16/06/2016 às 08h20.

Polícia investiga morte de dois professores por homofobia

População da cidade de Santaluz clama por justiça; a polícia confirmou já ter ouvido cerca de 20 pessoas sobre o caso

Redação
Foto: Uoston Pereira/ Notícias de Santaluz
Foto: Uoston Pereira/ Notícias de Santaluz

 

A Polícia Civil da Bahia investiga o que motivou a morte de dois professores em Santaluz, na região nordeste da Bahia. Edivaldo Silva Oliveira, o Nino, e Jeovan Bandeira eram namorados e os investigadores querem saber se os assassinatos foram motivados por homofobia.

Na sexta-feira (10), dois corpos carbonizados foram encontrados no porta-malas de um veículo abandonado às margens da rodovia BA-120. Como o corpo de Oliveira foi menos atingido pelo fogo, o seu reconhecimento ocorreu de forma mais rápida. A polícia ainda investiga se o outro corpo pertence à Bandeira e vai requerer exame de DNA para obter a confirmação.

Os dois educadores lecionavam no Colégio Estadual José Leitão, onde foram vistos juntos pela última vez na noite de sexta, no fim do expediente. A população de Santaluz chegou a realizar um protesto pelo desaparecimento do casal.

O delegado João Oliveira Farias Filho, que está à frente do inquérito, ainda busca informações para identificar a motivação e autoria dos crimes. A polícia confirmou já ter ouvido cerca de 20 pessoas; dois rapazes chegaram a ser conduzidos até a delegacia, mas foram liberados após os depoimentos.

Passeata – Nesta segunda-feira (13), centenas de moradores do município com 32 mil habitantes saíram às ruas em novo protesto por justiça. Com faixas contra a violência, o grupo promoveu paradas em frente ao fórum, à delegacia e à Câmara Municipal.

De janeiro a junho deste ano, o Grupo Gay da Bahia levantou 16 casos de assassinatos de pessoas LGBT na Bahia e 123 no Brasil.

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