Publicado em 11/12/2015 às 09h04.

Secretários se queixam de falta de recursos para combate ao Aedes

De acordo com a presidente do Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde , “nem um real” referente ao aporte de 2015 chegou aos municípios

Redação

Larvicida é o único produto capaz de impedir a proliferação de novos focos. Foto: Agência Brasil.

A presidente do Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde (Cosems), Stela Souza, disse que, no ano passado, o governo federal contingenciou o repasse para o combate da dengue na Bahia. A afirmação aconteceu, nesta quinta-feira (10), durante a inauguração do Centro de Operações de Emergências em Saúde do governo do estado, equipamento que será voltado inicialmente para o estudo, prevenção e combate às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Stela disse que o repasse, que ocorre sempre até o final de dezembro, época em que começa a proliferação do mosquito, foi feito abaixo de 50% em 2014 e que, até este momento, não foram repassados “nem um real” referente ao aporte de 2015. “Sofremos com a falta do larvicida por vários meses e tivemos que fazer um contingenciamento que deixou alguns locais sem tratamento focal”, afirmou Stela.

O secretário de Saúde do estado, Fábio Villas-Boas, confirmou que houve um racionamento do larvicida em 2015, mas que o contingenciamento foi cancelado em virtude do surto do vírus da Zika, que está associado aos casos de microcefalia. O gestor da Sesab informou ainda que neste mês de dezembro todos os municípios já têm o larvicida à sua disposição.

Capital sem recursos- Salvador também sofre a com ausência de recursos para o combate ao Aedes aegypti em 2015. Conforme revelou o agente de endemias Rogério Dantas ao Bahia.ba, ele e seus colegas têm ido as casas dos moradores da cidade fazer unicamente um trabalho educativo, uma vez que não recebem larvicida há meses. A secretraria de saúde de Salvador rebateu a acusação e disse que o estoque do produto foi regularizado em novembro.