Publicado em 07/05/2024 às 13h12.

Secretário diz que câmeras de PMs não são manipuláveis; comandante afirma confiar na tropa

Fase de testes dos equipamentos teve início nesta terça-feira (7), em Salvador

Alexandre Santos
Foto: Alan Dantas/SSP

 

 

O secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, afirmou que as câmeras corporais destinadas a policiais militares não são manipuláveis nem podem ser burladas para edição. A fase de testes dos equipamentos teve início nesta terça-feira (7), em Salvador.

“Não há possibilidade de edição de qualquer das imagens. Na verdade, o policial, ao começar a fazer o uso desse equipamento de proteção, começa a gravação de forma ininterrupta. Ao terminar o uso, em serviço, ele coloca numa doca, no carregador. Ao mesmo tempo que está sendo realizado o carregamento daquele equipamento é realizado o download das imagens que vão para as nuvens”, explicou Werner em coletiva de imprensa.

Inicialmente, serão usadas 448 bodycams de um total de 1.300 unidades adquiridas pelo governo do Estado. Nesta fase, somente agentes lotados em companhias independentes (CIPMs) nos bairros de Pirajá, Tancredo Neves e Liberdade terão os itens acoplados à farda.

O comandante-geral da PM, coronel Paulo Coutinho, disse aprovar a implantação da tecnologia. “A gente deixa claro que recepciona muito bem, não só pelo ineditismo no nosso estado, mas sobretudo por confiar em nossa tropa, pelo nível de profissionalismo que isso vai simplesmente comprovar o serviço diário prestado pela Polícia Militar da Bahia”, declarou.

A implementação das chamadas bodycams será gradativa e, nas demais fases, também contemplará as polícias Civil e Técnica, além do Corpo de Bombeiros Militar. Conforme a SSP, a Bahia será o primeiro estado do país a implantar câmeras corporais em todas as forças de segurança.

A medida é defendida por organizações da sociedade civil como forma de impedir ações violentas de maus profissionais.

Dados divulgados no ano passado pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública apontavam que a Bahia tem a polícia que mais matou pessoas em intervenções nos últimos anos.

Somente na gestão do governador Rui Costa (PT), as mortes provocadas por membros das forças de segurança saltaram 313%, índice que colocou o estado à frente de um ranking até então liderado pelo Rio de Janeiro.

 

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