Publicado em 11/06/2025 às 12h02.

Apenas 34,7% do esgoto gerado no Nordeste recebe tratamento básico, aponta levantamento

Volume é o equivalente a 1.386 piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento despejadas todos os dias no meio ambiente

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O Nordeste brasileiro, região que abriga mais de 54 milhões de habitantes, enfrenta desafios na infraestrutura de saneamento. Dados recentes do Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SINISA), com ano-base 2023, revelam que apenas 34,7% do esgoto gerado recebe tratamento na região – índice significativamente inferior à média nacional de 49%.

Esse volume é o equivalente a 1.386 piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento despejadas todos os dias no meio ambiente, contaminando rios, lagos e aquíferos da região todos os dias.

Além disso, a saúde da população é diretamente afetada. Um estudo do Instituto Trata Brasil aponta que, em 2024, foram registradas mais de 93 mil internações por Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI) no Nordeste.

Ou seja, quanto mais precário o saneamento, maiores as chances de internações e óbitos por doenças como diarreia, hepatite A, cólera, febre tifoide e outras enfermidades de veiculação hídrica.

O Novo Marco Legal do Saneamento Básico estabelece que até 2033 o Brasil deve alcançar 99% da população com acesso à água potável e 90% com coleta e tratamento de esgoto. Para que o Nordeste atinja essas metas, será fundamental intensificar os investimentos em infraestrutura sanitária e desenvolver políticas públicas eficazes voltadas à universalização dos serviços de saneamento.

Somente através do acesso a esses serviços básicos será possível garantir dignidade, saúde e qualidade de vida aos milhões de nordestinos que ainda aguardam por essa infraestrutura básica.

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