Publicado em 11/05/2016 às 16h00.

Brasil tem 1.326 casos confirmados de microcefalia

Com 1.190 registros, Nordeste continua liderando o número de casos confirmados; há ainda 2.419 casos em investigação na região

Agência Brasil
Recife - A fisioterapeuta Cynthia Ximenes da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) atende bebês com microcefalia e orienta as mães como fazer os exercícios em casa para melhorar o desenvolvimento das crianças (Sumaia Villela/Agência Brasil)
Fisioterapeuta atende bebê com microcefalia para melhorar o desenvolvimento (Foto: Sumaia Villela/Agência Brasil)

 

O Ministério da Saúde informou hoje (11) que foram confirmados, em todo o país, 1.326 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita. Os dados foram coletados até o dia  7 deste mês. Desde o início das investigações, em outubro de 2015, foram notificados 7.438 casos suspeitos – 2.679 foram descartados e 3.433 permanecem em investigação. O balanço anterior, feito até o dia 30 de abril, apontava 1.271 casos confirmados.

De acordo com a pasta, os 1.326 casos confirmados foram registrados em 484 municípios de 25 unidades da Federação. Até o momento, apenas no Acre e em Santa Catarina não há confirmação de casos. O Nordeste continua liderando o número de casos confirmados (1.190). Há ainda 2.419 casos em investigação na região. Do total, 205 casos tiveram confirmação por critério laboratorial específico para o vírus zika. O Ministério da Saúde disponibiliza no site a distribuição dos casos notificados de microcefalia por região.

“O Ministério da Saúde, no entanto, ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. A pasta considera que houve infecção pelo zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia”, informou o comunicado.

Foram registrados ainda, segundo o boletim, 262 óbitos suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto) em todo o país. Desses, 56 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central, 32 foram descartados e 174 continuam em investigação.

“O Ministério da Saúde ressalta que está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados, e a possível relação com o vírus zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes infecciosos além do zika, como sífilis, toxoplasmose, outros agentes infecciosos, rubéola, citomegalovírus e herpes viral”, destaca o texto.

A pasta orienta mulheres grávidas a adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti no meio em que vive, como a eliminação de criadouros, além de se protegerem da exposição de mosquitos, mantendo portas e janelas fechadas ou teladas, usando calça e camisa de manga comprida e utilizando repelentes permitidos para a gestação.

Temas: microcefalia , zika , casos

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