Publicado em 31/05/2016 às 21h40.

Coordenadora da Lava Jato é a mais votada para chefia da PF

Além do nome da delegada Érika Marena, lista tríplice que será entregue ao presidente Michel Temer é integrada pelos delegados Rodrigo Teixeira e Marcelo Freiras

Redação
A delegada Érika Marena obteve 1.065 votos, liderando a eleição da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (Foto: ABDF/Divulgação)
A delegada Érika Marena obteve 1.065 votos, liderando a eleição da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (Foto: ABDF/Divulgação)

 

Com 1.065 votos, especialista em combate a crimes financeiros e corrupção e integrante da força-tarefa da Operação Lava-Jato, a delegada Érika Marena encabeça a lista tríplice para a diretoria-geral do Departamento de Polícia Federal. Além dela, a mais votada, a lista que que será entregue ao presidente da República, Michel Temer a fim de escolher o novo diretor da Polícia Federal é composta pelos delegados Rodrigo Teixeira, subsecretário de Defesa Social em Minas, que obteve 924 votos, e do delegado regional de Montes Claros, Marcelo Freitas, que contabilizou 685 votos.

A eleição para composição da lista foi promovida pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), que também defende a autonomia e a independência administrativa e financeira da corporação, prevista na PEC 412, em tramitação no Congresso. Os três nomes, anunciados nesta terça-feira (31), servem como indicação para substituir o atual diretor-geral da PF, Leandro Daiello Coimbra, que deve deixar o cargo após as Olimpíadas.

Apesar da iniciativa da ADPF, o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, confirmou a manutenção no cargo máximo da PF o atual chefe, Leandro Daiello Coimbra, que tem baixa aceitação entre os delegados da corporação. Para a associação, a manutenção do atual chefe da PF seria apenas uma estratégia do governo interino de Temer para sinalizar a continuidade da Operação Lava Jato, além de não mexer na estrutura da instituição em função da proximidade das Olimpíadas do Rio de Janeiro, que acontecem em agosto.

Sob a alegação de falta de provisão legal, o ministro já se mostrou contrário à indicação dos nomes propostos pelos delegados especiais, únicos com poder para ocupar a direção-geral da PF.

Para o presidente da ADPF, Carlos Eduardo Sobral, a votação para composição da lista legitima e fortalece a indicação que “representa uma decisão da categoria, já adotada em congresso e ratificada por todas as instâncias da carreira”, diz ele, entendendo que o modelo é considerado o mais isento e técnico, usado em outras instituições, como o Ministério Público Federal.

Para a direção da associação, a eleição para indicação da chefia da instituição é fundamental para a autonomia da PF, além de garantir a continuidade de operações importantes, como Lava Jato e Zelotes.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.