Governo apresenta balanço da safra 2024-2025 da agricultura familiar

Com o encerramento da safra 2024-2025 em junho, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar divulgou dados que indicam crescimento na adesão de agricultores familiares ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Segundo a pasta, o número de operações teve um aumento de mais de 26% em relação ao ciclo anterior, totalizando cerca de 1,7 milhão de contratos em diferentes linhas do programa.

De acordo com a secretária-executiva do ministério, Fernanda Machiaveli, o crescimento foi registrado em todas as regiões do país, com destaque para o Nordeste, que quase dobrou o volume de recursos movimentados. Regiões como Sudeste e Norte também apresentaram expansão, impulsionadas por estados como Minas Gerais.

Outro dado destacado pela pasta refere-se ao aumento do valor médio dos financiamentos no Nordeste, especialmente no microcrédito do Pronaf B, voltado a agricultores de menor renda. Segundo o ministério, o ticket médio na região cresceu de R$ 6 mil para até R$ 35 mil por família.

Além do crescimento nas contratações, o governo também apontou aumento no financiamento de itens ligados à produção de alimentos, como arroz, feijão, mandioca, leite, café, hortaliças, frutas, pescado, suínos e ovos. O crédito tem sido utilizado ainda para aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas, por meio do programa Mais Alimentos. Conforme os dados apresentados, o volume investido nesse segmento chegou a R$ 12 bilhões ao longo do atual governo.

Ainda segundo o ministério, houve aumento da participação feminina no acesso ao Pronaf. As mulheres representaram 57% dos contratos de microcrédito rural e, no total geral de operações, foram responsáveis por um crescimento superior a 35%.

O Governo Federal se prepara agora para o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2025-2026. A nova edição do programa deve trazer medidas voltadas à adaptação às mudanças climáticas e ao estímulo à transição agroecológica, com a manutenção de taxas de juros reduzidas para a produção de alimentos.