Governo federal estuda uso do Uber para transporte de servidores
A mudança no serviço busca reduzir em 40% as despesas de transporte, caindo de R$ 49 milhões para R$ 22 milhões, conforme o Ministério do Planejamento

Com o objetivo de melhorar a eficiência do gasto público, o governo federal vai fazer mudanças no transporte de servidores. O Ministério do Planejamento pretende reduzir em 40% a despesa com aluguel, manutenção e motoristas, contratando serviços de táxi ou de transporte terceirizado. Entre as possibilidades, está até o uso do Uber, desde que esteja regulamentado na cidade.
Hoje, os 24 ministérios gastam 49 milhões de reais por ano com o serviço de transporte. A ideia é reduzir a despesa para 22 milhões de reais. Para o secretário de Gestão do Planejamento, Gleisson Cardoso Rubin, isso faz parte de um projeto maior do governo federal para cortar gastos e, comprovada a eficiência da mudança, poderá ser estendido para outras áreas como segurança, limpeza e serviços postais.
Para colocar em prática o projeto, o governo federal abrirá, na próxima sexta-feira, uma consulta pública sobre o tema. A ideia é encerrar as discussões ainda em agosto e abrir a licitação em seguida, para assinar o contrato com a vencedora em novembro. O cronograma do Planejamento prevê o início da implementação do serviço em janeiro de 2017.
O projeto, estudado por mais de um ano pelo governo, possibilitará que empresas de serviço de passageiros, como táxi ou Uber, transportem os funcionários dos 24 ministérios do governo. Entre as exigências, as companhias precisarão ter, além da frota, um serviço que possibilite o chamado de carros por meio de aplicativo eletrônico.
Na avaliação de Rubin, o modelo que atendeu os ministérios por décadas não é mais viável. “O formato atual deixa centenas de carros e profissionais parados sem necessidade, queremos um serviço ‘on demand’”, disse.
A partir de agora, o Planejamento ficará responsável pela gestão do único contrato que atenderá aos ministérios, diferentemente do que acontece hoje e, assim, terá um controle maior sobre a eficiência do serviço. “A gestão será centralizada e os outros ministérios não precisarão ter uma equipe para cuidar disso, podendo aproveitar seus profissionais para outros setores”, afirmou Rubin.
Com a mudança, o governo federal não renovará os contratos de locação de veículos, nem dos motoristas terceirizados ou de manutenção dos carros. Para não ter custo com a rescisão dos contratos que estão vigentes, as pastas passarão a utilizar o novo serviço conforme os contratos atuais forem acabando.
Inicialmente, o projeto do Planejamento funcionará somente em Brasília e não servirá secretários e ministros. Isso porque a capital ainda não tem um serviço de táxis executivo como o Uber Black, que não poderá fazer parte da licitação por não ter sido regulamentado. Os veículos que são utilizados para o chamado “serviço fim”, por exemplo, ambulâncias e carros de polícia, também ficarão de fora.
O governo fará algumas exigências para a empresa que prestará o serviço. Os carros que transportarão os servidores da União precisarão ter ar-condicionado, entre 2 e 3 anos de uso e capacidade para transportar de 2 a 3 pessoas por vez. Os 520 carros que são de propriedade da União passarão por uma análise. Os veículos que forem viáveis para o governo federal deverão ser cedidos para a utilização em serviços que não participarão do programa. Já os que não forem aproveitados pela União serão leiloados.
As primeiras pastas que irão aderir ao serviço serão os Ministérios da Saúde e Ciência e Tecnologia e o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle. O Ministério do Planejamento fará parte da segunda leva de adesões e começará a usar o programa entre março e abril do próximo ano.
O Ministério da Fazenda deve ser um dos últimos a entrar no programa. O término da implementação está marcado para o início de 2018. Nesse período, Rubin acredita que o governo poderá fazer aperfeiçoamentos no modelo.
Mais notícias
-
Brasil
21h40 de 14 de março de 2025
Ministros seguem Alexandre de Moraes e mantém suspensão do Rumble em território nacional
A decisão de Moraes ocorreu sob o contexto do processo, que envolve a prisão e extradição do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos
-
Brasil
19h55 de 14 de março de 2025
Preço da energia elétrica quintuplica com redução de chuvas e pode impactar contas de luz
Escalada ocorre após energia já ter pressionado a inflação em fevereiro
-
Brasil
17h30 de 14 de março de 2025
Vice-cônsul da Colômbia é alvejada durante tentativa de assalto em São Paulo
Claudia Ortiz Vaca tem estado de saúde estável e foi encaminhada para ser operada num hospital
-
Brasil
17h16 de 14 de março de 2025
Denúncias por gastos em viagens da primeira-dama são arquivadas pela PGR
Paulo Gonet afirmou não haver "elementos informativos mínimos, que indiquem suficientemente a realidade de ilícito cível ou penal"
-
Brasil
16h11 de 14 de março de 2025
Marina Silva se reunirá com Ibama e MME para discutir licença na Margem Equatorial
Região é considerada promissora para exploração de petróleo e gás no Brasil
-
Brasil
13h27 de 14 de março de 2025
MST invade terras na Bahia, Ceará e Espírito Santo, e pressiona governo Lula após encontro
O movimento demanda celeridade nas políticas de reforma agrária; Na Bahia, os sem-terra ocupam terrenos em Nova Redenção e Boa Vista do Tupim
-
Brasil
10h28 de 14 de março de 2025
Líder de facção que atua no RJ e na BA, Chocolate é preso em clínica de harmonização facial
Luís Carlos Lomba, 61, era foragido da Justiça pelos crimes de associação criminosa e roubo, segundo a Polícia Civil fluminense
-
Brasil
21h40 de 13 de março de 2025
Nenhum apostador acerta, e Mega-Sena acumula em R$21 milhões
O próximo sorteio será no dia 15 de março
-
Brasil
19h22 de 13 de março de 2025
Janones usa fala de Bolsonaro como referência e diz que Michele ‘não é incomível’
Na ocasião, Bolsonaro também afirmou que "não tem mulher bonita petista"
-
Brasil
17h02 de 13 de março de 2025
Ministro autoriza que Cristiano Zanin agende julgamento da tentativa de golpe de Estado
A denúncia envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas