Publicado em 21/12/2015 às 18h41.

Incêndio no Museu da Língua Portuguesa deixa um morto

Teto do museu ficou totalmente destruído e o fogo chegou à torre do relógio; não houve perda de acervo

Agência Estado
Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO
Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO

 

O bombeiro civil Ronaldo Ferreira morreu ao tentar combater o incêndio de grandes proporções que atingiu o Museu da Língua Portuguesa, na Praça da Luz, região central de São Paulo. A informação foi confirmada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), que foi até o local no início da noite desta segunda-feira (21).

De acordo com o Corpo de Bombeiros, 37 viaturas e 97 homens foram encaminhados ao local para combater o fogo, que começou por volta das 16h30. Ainda não há informações sobre as causas do incêndio. Na Rua José Paulino, as lojas que costumam fechar às 19h encerraram o dia por volta das 17h por causa da fumaça que tomou conta da via. O Museu da Língua Portuguesa fica fechado às segundas-feiras.

Por volta das 17h10, os bombeiros informaram que as chamas foram controladas e que o incêndio estava em fase de rescaldo. O teto do museu ficou totalmente destruído e o fogo chegou à torre do relógio. O complexo da Estação da Luz é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Em entrevista coletiva, o secretário municipal da Cultura, Nabil Bonduki, disse que um incêndio como o que ocorreu nesta segunda-feira é “devastador para a cultura brasileira”. “Esperamos reconstruir o edifício e recolocar o museu em funcionamento”, afirmou. Como o acervo do espaço era digitalizado, não houve perdas de materiais em exposição.

Segundo ele, o ocorrido “alerta para a necessidade de ter as condições de segurança adequadas”. Bonduki ainda disse que, só após a saída dos bombeiros, será possível avaliar os estragos provocados pelo fogo. “Pelo que fui informado, o acervo do museu foi preservado”, disse.

Antes – A Estação da Luz de São Paulo foi parcialmente destruída por um incêndio no dia 6 de novembro de 1946. O fogo atingiu boa parte da estação, destruiu os arquivos, documentos e prejudicou a fachada da Avenida Tiradentes. A ala oeste não foi atingida pelas chamas, pois a alta torre da estação – uma réplica da torre Big Ben da abadia londrina de Westminster – serviu de chaminé.

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