Justiça do Rio decreta prisão de 23 integrantes de milícia
Grupo é acusado de extorquir moradores e comerciantes, além de instalar pontos de internet e televisão clandestinos

A 1ª Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decretou nesta terça-feira (2), a pedido do Ministério Público do Rio, a prisão preventiva de 23 acusados de integrar uma milícia que age em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro.
O grupo é acusado de extorquir moradores e comerciantes na região da Freguesia, principalmente no Morro do Tirol. Além de extorsão, a milícia também instala e cobra pontos de internet e televisão clandestinos, explora ilegalmente a atividade imobiliária na região, com invasão de terrenos e construções irregulares, e comercializa botijões de gás, cobrando um preço muito acima das revendas de gás. Os moradores são obrigados a comprar os botijões de gás somente dos milicianos.
A ação foi originada a partir de um inquérito policial que investiga o homicídio de Sergio Luiz de Oliveira Barbosa, vulgo Serginho, em março do ano passado. Um dos denunciados é Fabiano Vieira da Rocha, conhecido como Fabi, apontado como o líder da milícia. Ele assumiu a liderança do grupo depois da prisão de Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, que chegou a ser preso acusado de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
“Há fortes e robustos elementos probatórios acerca dos fatos imputados, consistente no delito de promover, constituir ou integrar organização criminosa, majorado pelo emprego de arma de fogo, que teria como palco principal de suas atividades o Morro do Tirol, bairro da Freguesia”, destaca a decisão. A Justiça mantém em segredo o nome do juiz que decretou a preventiva do grupo por medida de segurança.
A exploração de transporte alternativo, como vans e kombis, é exercida não só para lucrar com o serviço, mas também para subornar agentes públicos e monitorar operações policiais no local, segundo as investigações.
Um dos denunciados é Anderson Soares de Avelar, vulgo Peixe, que informava sobre a presença de forças policiais aos outros integrantes do grupo enquanto fazia as rondas e trajetos.
Denúncia
De acordo com a denúncia, a estrutura da organização criminosa é composta de um núcleo geral, um local e um de auxiliares. Além de Fabi, o comando geral era exercido por Anderson Gonçalves de Oliveira, conhecido como Andinho, e Almir Rogério Gomes da Silva.
Interceptações telefônicas, acesso a dados armazenados em celulares de suspeitos e depoimentos de testemunhas colhidos durante a investigação evidenciam o uso da violência e coação como formas controle e exploração da população local.
A decisão da Justiça ressalta a organização e a estrutura da milícia, sendo necessária a prisão preventiva como forma de impedir que os denunciados interfiram nas investigações.
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