Publicado em 03/12/2019 às 15h15.

Ministério Público do Rio denuncia PM pelo homicídio de Ághata Felix

Denúncia por homicídio qualificado foi oferecida à 1ª Vara Criminal da capital fluminense; caso seja condenado, Soares poderá uma pena de 12 a 30 anos de prisão

Redação
Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

 

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou nesta terça-feira (3) o policial militar Rodrigo José de Matos Soares, acusado de assassinar Ághata Vitória Sales Felix, de 8 anos, no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, no dia 20 de setembro.

A denúncia por homicídio qualificado foi oferecida à 1ª Vara Criminal da capital fluminense – caso seja condenado, Soares poderá uma pena de 12 a 30 anos de prisão. O MP também solicitou à Justiça a suspensão parcial do exercício da função pública, implicando no afastamento do PM do policiamento de ruas, bem como na suspensão da autorização de porte de arma de fogo.

Outras medidas cautelares, como a proibição de contato com as testemunhas, comparecimento periódico ao Juízo e a proibição de se ausentar da Comarca, também serão tomadas.

A denúncia aponta que o policial estava em serviço quando atirou contra duas pessoas não identificadas que estavam em uma moto. Ághata estava ao lado da mãe, dentro de uma kombi que realizava o transporte de passageiros na região, quando foi atingida.

“O denunciado, por erro no uso dos meios de execução, atingiu pessoa diversa da que pretendia matar, uma vez que um dos projéteis ricocheteou no poste de concreto situado na Rua Antônio Austregésilo, fragmentando-se em partes, sendo certo que um desses fragmentos teve sua trajetória alterada, vindo a atingir a criança Ághata Vitória Sales Feliz”, diz a denúncia.

Os promotores acreditam que o crime foi cometido por “motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, em momento pacífico na localidade, com movimentação normal de pessoas e veículos”.

A investigação da Polícia Civil já descartou a tese de legítima defesa apresentada por Soares, visto que não houve agressão aos policiais.

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