Publicado em 06/05/2024 às 11h25.

Mulher que levou tio morto ao banco afirma que estava sob efeitos de medicamentos no dia

Ela diz não ter conhecimento do estado do tio e que não se recorda dos eventos daquele dia

Redação
Foto: Redes Socias

 

A mulher que ficou conhecida nacionalmente por levar o tio já morto para fazer um empréstimo no banco, Erika Vieira, disse em entrevista ao Fantástico, na noite de domingo (5), que faz tratamento psiquiátrico e uso de medicamentos. Duas semanas após ser presa pela tentativa de sacar um empréstimo com o cadáver de Paulo Roberto Braga, ela foi liberada pela Justiça, e deixou o presídio de Bangu na última quinta-feira (2). Erika que não se lembra do momento em que levou o tio até as atendentes do banco.

Segundo imagens retiradas das câmeras de segurança do banco, a mulher entrou segurando a cabeça do tio. Ela diz que conversou com Paulo naquele momento. “Eu perguntei se ficaria melhor segurando [a cabeça] e ele disse que sim.” A mulher ainda disse, em entrevista a Rede Globo, que não percebeu que o tio estava morto. “Nem eu nem muita gente percebeu. Como você dá um papel para um morto assinar?”

Uma semana antes do ocorrido, Paulo Roberto ficou internado em uma unidade de saúde estadual. Ela o levou para fazer o empréstimo no mesmo dia em que teve alta, mas foi informada de que o saque era em uma outra agência. “Pensei que ele fosse ter uma melhora porque era só uma pneumonia.”

Nesta semana, o Ministério Público denunciou Erika e afirmou que ela estava ciente, agiu voluntariamente e demonstrou total desprezo e desrespeito por Paulo Roberto.

A juíza Luciana Mocco aceitou a denúncia do MP e Erika se tornou ré por tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver, que é o ato de menosprezar a pessoa morta.

A magistrada revogou a prisão preventiva, alegando que Erika é ré primária, tem residência fixa e que não representa risco para a ordem pública em liberdade. A juíza relatou também que Erika possui filha menor de idade com necessidades especiais e que a mesma é portadora de saúde mental debilitada.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.