Publicado em 03/12/2019 às 14h47.

ONU e OEA serão contatadas para investigar mortes em Paraisópolis

Pedido será feito pelas entidades ligadas à defesa dos direitos humanos Coalizão Negra por Direitos e Conectas, que também planejam uma manifestação na quarta (4)

Redação
Foto: Reprodução
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A Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Organização das Nações Unidas (ONU) serão contatadas para que apurem um eventual abuso policial na ação que resultou na morte de nove jovens em Paraisópolis na madrugada de domingo (1º). O pedido será feito pelas entidades ligadas à defesa dos direitos humanos Coalizão Negra por Direitos e Conectas, que também planejam uma manifestação na quarta (4).

Eventuais abusos na ação em Paraisópolis, na opinião dos deputados estaduais Carlos Giannazi (PSOL) e José Américo (PT), também devem ser esclarecidos pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, general João Camilo Pires de Campos, e pelo comandante da PM, Marcelo Vieira Salles. Os parlamentares solicitaram à Assembleia Legislativa de São Paulo a convocação deles para uma explanação sobre a ação policial.

Nesta mesma linha de raciocínio, de implicação de responsabilidade por parte da PM nas mortes dos jovens, o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio, designou uma promotora do júri para acompanhar a investigação.

Participaram do encontro os deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Carlos Zaratini (PT-SP) e Erica Malunguinho (PSOL-SP), bem como representantes da OAB, do Sindicato dos Advogados de São Paulo, do grupo Prerrogativas, da Rede Contra o Genocídio da População Jovem, do IDDD (Instituto de Defesa do Direito de Defesa) e da Fundação Alana.

Para a Associação de Moradores de Paraisópolis há um descaso por parte dos governos estadual e municipal sobre o assunto. Os moradores afirmam que os governantes não os procuraram em nenhum momento.

“Não recebemos lamento nem posicionamento. Parece que foi só mais um caso, o que é triste”, diz o presidente da associação, Gilson Rodrigues. “Se fosse em bairro rico, teriam vindo até vestido de bombeiro”. As informações são da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

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