Publicado em 03/10/2016 às 16h40.

Produtos dirigidos às mulheres custam pelo menos 10% a mais

É o que aponta pesquisa que fala da cobrança de "taxa rosa", uma prática do comércio de produtos e serviços que não encontra justificativas, segundo estudiosos

Ivana Braga
Foto: Reprodução/Unasus
Foto: Reprodução/Unasus

 

As mulheres pagam, em média, 10% a mais do que homens por produtos e serviços idênticos ou similares. Uma calça jeans feminina, por exemplo, custa pelo menos R$ 30 a mais que a versão masculina da peça. Um corte de cabelo de mulher pode ser um terço mais caro do que o valor do mesmo serviço para homem. A prática acontece em todo o mundo e estudiosos passaram a chamá-la de “taxa rosa”.

A prática foi tema da primeira pesquisa brasileira sobre o assunto, coordenada pelo professor de cultura e consumo da Escola Superior de Propaganda e Marketing Fabio Mariano Borges, de São Paulo. Segundo ele, não existe explicação para essa cobrança diferenciada.

Para Borges, é um viés de mercado, um vício, uma opressão, uma discriminação de gênero que se repete sem nos darmos conta. Por isso, ele defende a necessidade de chamar a atenção para a questão e combater a chamada taxa rosa, já atacada pelas americanas, francesas e australianas, levando governos a investigar e abrir discussão de combate à prática. O professor Borges espera que as brasileiras sigam na mesma direção. Ele afirma que a indústria e o varejo não sabem justificar o porquê da taxa rosa.

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