Rio-2016: espaço aéreo terá restrições para asa-delta e parapente
A Confederação Brasileira de Voo Livre recorreu à Justiça Federal contra a proibição, que já passa a valer a partir do próximo dia 24, quando será aberta a Vila Olímpica

Durante a Olimpíada do Rio, turistas não poderão apreciar a cidade do alto, em voos de asa-deltas, parapentes e helicópteros Por segurança, o espaço aéreo terá restrições já a partir do próximo dia 24, quando será aberta a Vila Olímpica, na Barra da Tijuca, na zona oeste da capital fluminense. O Aeroporto Santos Dumont terá a operação suspensa nas tardes de 8 a 18 de agosto para as provas de vela, disputadas na Baía de Guanabara, bem ao lado das pistas de pouso e decolagem. Voos suspeitos que invadirem áreas restritas serão interceptados e até derrubados.
“A defesa aérea tem de identificar e colocar a aeronave em situação regular. Não há nenhuma intenção de chegar ao ponto extremo. Se não houver colaboração, adota-se medida mais severa, de pouso obrigatório ou modificação da rota. Se não houver resposta, há o tiro de aviso. Só depois, o de destruição, com autorização direta do comandante da Aeronáutica”, disse o major-brigadeiro Mário Jordão, comandante de Defesa Aeroespacial Brasileira. Na Copa do Mundo, aeronaves invadiram o espaço aéreo restrito, por engano dos pilotos, e as rotas foram corrigidas.
A Confederação Brasileira de Voo Livre recorreu à Justiça Federal contra a proibição. “Trezentos pilotos vivem dessa atividade. O fechamento do espaço aéreo é uma arbitrariedade. Nem na Copa do Mundo nem na Jornada Mundial da Juventude isso aconteceu. Trabalhamos nesses períodos com espaço restrito, entre a Pedra Bonita e São Conrado”, disse o presidente da entidade, Chico Santos.
O fechamento do Santos Dumont ocorrerá para que a equipe de filmagem contratada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) possa registrar as provas de vela das 12h40 às 17h10. O aeroporto, no entanto, funcionará em esquema de 24 horas entre 3 e 23 de agosto. A medida afetará 150 mil passageiros, que tiveram voos remanejados.
As restrições para voos de treinamento, instrução e turísticos ocorrerão em 24 de julho e de 3 a 22 de agosto entre Angra dos Reis (litoral sul) e Cabo Frio (Região dos Lagos). Neste trecho do litoral fluminense, que inclui o Rio, também serão proibidos os voos entre o litoral e a divisa com Minas Gerais. A medida vale para saltos de paraquedas, voos de parapente e asa-deltas. A pulverização agrícola e o reboque de faixas para publicidade também estarão suspensos, assim como drones e aeromodelos. A Aeronáutica tem equipamentos com sensores que interferem na frequência de drones e faz com que pousem ou retornem ao local de origem.
Os complexos esportivos (Deodoro, Maracanã, Barra e Copacabana) serão considerados “áreas vermelhas”. Nos dias de prova, só poderão sobrevoá-las aeronaves autorizadas pela Defesa Aeroespacial Brasileiro (Condabra), entre elas as das Forças Armadas, órgãos de segurança e helicópteros-ambulância. As áreas estarão protegidas por artilharia anti-aérea, com mísseis solo-ar e canhões. “Essa é uma atuação limite e só será utilizada para evitar mal maior”, disse Jordão.
A FAB atuará com caças, helicópteros e aviões-radar. Onze mil militares farão o gerenciamento do tráfego aéreo durante os Jogos. Chefes de Estado chegarão ao Rio pela Base Aérea do Galeão, na zona norte da cidade. Atiradores de elite ficarão no entorno da base. Haverá forças militares de contingência para reagir em caso de ataque e forças antidistúrbio contra protestos A capacidade será de receber três chefes de Estado a cada 20 minutos. Nas cidades-sede do futebol (Manaus, Belo Horizonte, Salvador, São Paulo e Brasília), haverá restrições no espaço aéreo somente nos dias das partidas.
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