Publicado em 09/01/2024 às 20h20.

Jerônimo: História do Carnaval brasileiro e baiano tem muito a ver com estilo e movimento negro

Governador afirma que ideia é apoiar blocos afro a longo prazo

Camila Vieira / Reinaldo Oliveira
Foto: Camila Vieira/bahia.ba

 

Em entrevista à imprensa após se reunir com representantes de entidades e blocos afro para discutir detalhes sobre o Carnaval 2024 nesta terça-feira(9) o governador Jerônimo Rodrigues(PT), falou da importância do movimento negro para o carnaval.

“Olha, a história do carnaval brasileiro e baiano tem muito a ver com o estilo e movimento negro. Carnaval, por exemplo, do Rio, essa profunda característica a gente acha que é só na Bahia. E na Bahia, nosso Carnaval deve muito a história, a construção da música, do estilo de vestir, da forma de dançar. Naturalmente… tem muito a ver com os blocos afro. Portanto, a mensagem é muito forte. O conteúdo das letras, das músicas é um conteúdo muito intenso e eles sempre trabalham trazendo mensagens”, afirma o governador.

O chefe do Palácio de Ondina acrescenta que em função da contribuição histórica dos blocos afro para a realização da festa de momo, é que o governo do estado traçou propostas e projetos de incentivo a estes blocos no ano em que o Ilê Aiyê conpleta 50 anos de existência e acaba sendo um marco na vida dos blocos afro.

“Esse ano, nós, a Secult, a Sepromi, o Turismo e as equipes de secretarias prepararam propostas para fazermos homenagem a meio século de vida dos blocos afro. Não é só na Bahia, é no Brasil e no mundo, por que não dizer? E por conta disso, nós gostaríamos de que essa proposta pudesse ser avaliada, discutida e criticada pelos blocos afro. E a reunião foi para isso. Chamamos para que eles pudessem apreciar essa possibilidade de permitir a homenagem, às vezes, a gente não pede permissão, mas a gente quer fazer algo que não é só durante o Carnaval”, acrescenta Jerônimo.

Ainda segundo o chefe do Executivo baiano, a ideia é implantar medidas que possibilitem a sustentabilidade dos blocos afro a médio e a longo prazo levando em consideração a contribuição social destas entidades durante todo o ano.

“Nessa reunião agora, com os blocos afros da Bahia, nós deliberamos sobre o Carnaval, essa homenagem, mas também nós preparamos um diálogo para durante um ano, dois, três anos a frente. Nós vamos rever políticas, vamos rever leis, rever orçamentos. A intenção nossa é, dentro do possível do orçamento nosso, a gente poder valorizar os projetos sociais que os blocos desenvolvem, projetos educativos, projetos comunitários. Porque a gente acha que, muitas pessoas que não conhecem, acha que os blocos afro, depois que fecham o Carnaval, eles fecham a porta e só voltam no que vem, não. Os projetos sociais, educativos e culturais eles desenvolvem durante todo o ano e tem custo de energia, de água, de pessoal, de material”, acrescenta Jerônimo Rodrigues.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.