Publicado em 25/02/2020 às 21h08.

‘Carnaval tem que ter a cara da Bahia’, diz Armandinho sobre artistas de fora na festa

O artista ainda pontuou a falta de homenagens aos 70 anos do trio elétrico, um dos símbolos do Carnaval

Bianca Andrade / Rayllanna Lima
Foto: Sergio Duarte/ bahia.ba
Foto: Sergio Duarte/ bahia.ba

 

Para o cantor Armandinho Macêdo, que desfilou nesta terça-feira (25), no circuito Dodô (Barra-Ondina), no último dia oficial de festa na capital, o Carnaval não pode perder a essência.

Em entrevista ao bahia.ba, o veterano afirmou que não achou suficiente as homenagens que foram feitas aos 70 anos de trio elétrico.

“A gente teve a comemoração do Governo do Estado, que foi maravilhosa, eu acho que é uma festa maravilhosa, mas é como meu pai dizia que não imaginava que seria uma coisa tão grande. É um Carnaval muito diversificado e de muitos interesses. Então a história fica de escanteio. A gente tem Pernmabuco que valoriza a história. Nós temos uma história muito grande aqui do trio elétrico com Dodô e Osmar e eu acho que tem que preservar. E sempre parabenizando os caras que fizeram a festa acontecer”, disse.

O cantor pontuou ainda a necessidade de abrir espaço para os artistas locais se apresentarem na festa. Segundo Armandinho, o interesse empresarial acaba descaracterizando o Carnaval e tornando a festa apenas comercial, sem valorizar a cultura baiana e dando espaço para artistas de outros lugares e gêneros.

“Eu acho que isso atrapalha um pouco a manifestação baiana. Os baianos perdem um pouco esse espaço , não só os que já se consagraram, como os que estão por vir ai. Eu acho que a gente tem que preservar esses espaços. Carnaval tem que ter a cara da Bahia. Precisa buscar esse aspecto, tirar um pouco essa coisa empresarial, porque empresário não visa a cultura nem a história, visa no lucro”.

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