Publicado em 17/02/2023 às 16h42.

Circuitos do carnaval devem ser repensados, avalia Lídice da Mata

Para a deputada do PSB, enquanto o desfile do samba está "desprestigiado", Barra-Ondina fica superlotada; "não cabe mais"

Adriano Villela / Matheus Morais
Foto: Jorge Oliveira/bahia.ba

 

A presidente estadual do PSB e deputada federal Lídice da Mata avaliou, em entrevista ao bahia.ba, que os circuitos do carnaval de Salvador devem ser repensados. De acordo com a parlamentar, enquanto o desfile dos grupos de samba – na quinta-feira (16) – está “desprestigiado”, o circuito Barra-Ondina fica superlotado. “É uma marca do Carnaval. Todo mundo quer ir para a Barra. Não cabe mais”, declarou, em conversa na concentração para saída do bloco Olodum, no Pelourinho, na tarde desta sexta (17).

“A quinta-feira dos blocos de samba é um horror. É uma demonstração da desvalorização que os poderes fazem – especialmente a prefeitura, que é a responsável principal do carnaval – do desfile do samba”, destacou. A deputada criticou o fato de os grupos, no estado onde o samba nasceu (no recôncavo),  não terem uma ação de promoção e propaganda da participação do samba na folia.

“Não e possível continuar com a degradação do Carnaval no Campo Grande. Temos que definir”, acrescentou. “Se é para ter o Carnaval no Campo Grande, ótimo. Eu quero que tenha, mas não pode continuar sendo o que estamos vendo”.

Lídice comentou que o circuito Dodô (Barra-Ondina) está tão cheio que quem mora em Ondina tem dificuldade para chegar na Barra e quem tem residência na Barra enfrenta problemas para chegar a Ondina. A parlamentar considera que a situação prejudica também o comércio e os trabalhadores que atuam no setor, sem um meio de transporte alternativo ou um acesso especial que facilite o deslocamento para a região.

Para a deputada, o carnaval tem que ser uma festa em que a cidade possa conviver bem com o ela, ficar feliz com a folia e “todo mundo possa ganhar”. A socialista também criticou a situação dos ambulantes, que dormiram dias na fila para conseguir o cadastramento que habilita o trabalhar durante a festa. “Não é possível mais isso. Mais de 100 anos de carnaval e a gente continua nessa situação”.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.