Publicado em 23/02/2020 às 21h28.

‘Eu não gostaria que existisse’, diz Lincoln sobre o título de música do Carnaval

Neste ano, Lincoln e Duas Medidas fizeram a festa do folião pipoca, se apresentando em todos os dias oficiais do Carnaval em trios sem cordas

Bianca Andrade
Foto: Danrley Magno
Foto: Danrley Magno

 

Um dos títulos mais almejados do Carnaval de Salvador passa longe dos sonhos de Lincoln Sena, vocalista da banda Duas Medidas.

Em uma verdadeira maratona pela folia momesca na capital, o cantor, que desde o Furdunço faz a festa nos circuitos, contou ao bahia.ba que preferia que não existisse a disputa pelo título de ‘Música do Carnaval’, por achar que causa uma rivalidade entre os artistas.

“Eu não gostaria que existisse sabia? Porque isso coloca todo mundo como oponente, como adversário. Eu já vi muitos colegas que apreciam a música do outro falarem ‘poxa, não posso colocar no meu repertório porque a minha tá disputando e a sua ta muito forte’. Se por consequência a minha música for eleita pelo público eu vou ficar muito feliz, mas não é a minha maior preocupação neste Carnaval”, disse o artista.

O cantor ainda comentou sobre a ideia da redemocratização do Carnaval. Neste ano, Lincoln e Duas Medidas fizeram a festa do folião pipoca, se apresentando em todos os dias oficiais do Carnaval em trios sem cordas.

“Eu acredito que essa atmosfera que a gente vive é de reflexão coletiva. É um momento de pensar em todas as nuances, as minorias, o preconceito, e eu acho que o Carnaval justamente vem com esse grito, uma festa da rua, que agora tá voltando a ser feita para a rua. O artista vai onde o povo está e a pipoca é uma concretização disso. Quanto menos corda é melhor, porque a gente vai tá perto daquilo que nos inspira, que é o povo”.

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