Publicado em 26/02/2020 às 18h40.

MP acompanha saída dos filhos de ambulantes e catadores acolhidos na folia

Nos seis dias de folia, foram recebidas 430 crianças nas três unidades de acolhimento

Redação
Foto: Luiz Gomes Jr/Rodtag
Foto: Luiz Gomes Jr/Rodtag

 

Uma equipe do Ministério Público da Bahia (MP-BA) visitou nesta quarta-feira (26) três Centros de Acolhimento, Aprendizagem e Convivência para acompanhar a saída dos filhos de ambulantes, catadores e cordeiros que foram acolhidos nesses espaços enquanto seus pais e responsáveis trabalhavam durante o Carnaval.

Na inspeção, que também teve o intuito de observar as questões de segurança, estrutura e rotina de atividades, não foi encontrada nenhuma irregularidade. As reivindicações feitas pelo MP desde os carnavais anteriores, no que se refere à presença de uma equipe multidisciplinar contendo pedagogos, psicólogos, assistentes sociais, entre outros educadores, foram atendidas e o fluxo seguiu normalmente.

Nos seis dias de folia, foram recebidas 430 crianças nas três unidades de acolhimento, localizadas nos bairros do Garcia, Ondina e Rio Vermelho. Durante a visita à unidade instalada no Colégio Hildete Lomanto, no Garcia, a equipe do MP conversou com algumas mães para saber a opinião delas e sugestões de melhorias para o próximo ano.

Para Rebeca Queiroz Santos, 26 anos, que trabalhou como catadora de latinha durante o carnaval e deixou três crianças no local, a experiência foi positiva. “Eu pude deixar meus filhos e trabalhar sem medo. Me senti segura com o tratamento que eles receberam. Melhor do que eu ter levado todas elas para o circuito”.

Eliana Torres, que também deixou três crianças no mesmo local, registrou que antes era muito mais difícil, já que precisava pagar para alguém ficar com seus filhos. “Só achei um pouco longe da minha casa, que fica no Uruguai”. Foram visitadas também as unidades instaladas na Escola Municipal Casa da Amizade, em Ondina, e a Escola Municipal Osvaldo Cruz, no Rio Vermelho.

De acordo com Arilma Bacelar, coordenadora do Centro de Acolhimento, Aprendizagem e Convivência, as crianças recebem seis refeições diárias, tem rotina de atividades e uma equipe de educadores para acompanhá-las e realizar recreações.

Ela enfatizou que é “importantíssima a presença do Ministério Público fiscalizando e validando todo esse trabalho que é de grande relevância para a proteção dessas crianças e jovens”.

Participaram da inspeção o promotor de Justiça Inocêncio de Carvalho, coordenador do Plantão do MP no Carnaval, juntamente com as promotoras de Justiça Andréa Ariadna e Fernanda Cunha, além da assistente social Daniele Cardelle.

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