Bahia cai seis posições no ranking de competitividade dos estados
Outros estados do nordeste, como Pernambuco e Ceará, avançaram; Crise afetou basicamente dois indicadores: a solidez fiscal e o potencial de consumo

No ranking de competitividade dos estados brasileiros 2016, divulgado nesta segunda-feira (19), a Bahia desceu seis posições. Elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com a Economist Intelligence Unit e a Tendências Consultoria, o estudo considerou 65 variáveis referentes a 2015, agrupadas em dez quesitos, entre eles infraestrutura, educação, solidez fiscal, sustentabilidade ambiental e social, capital humano, potencial de mercado, segurança pública, inovação e eficiência da máquina pública.
Na nota geral, a Bahia alcançou 42,3 pontos, ficando na 20ª posição do ranking e abaixo da média Brasil, que foi de 50,2 pontos. O índice Bahia tinha nota 50,6 e havia ficado em 14º lugar entre os estados na nota anterior. Segundo dados do CLP, a Bahia piorou em todos os pilares avaliados no período de 2015 a 2016. Outros estados do nordeste, a exemplo de Pernambuco e Ceará, cresceram e avançaram no ranking, enquanto a Bahia registrou queda em todos os indicadores.
A crise afetou dois indicadores de desempenho da competitividade dos estados: a solidez fiscal e o potencial de consumo. Nesses dois quesitos, que sentem de frente o baque da atividade econômica, foram registradas as maiores movimentações no ranking de competitividade das 27 unidades da federação.
No indicador geral de competitividade de 2016, não houve mudanças em relação à edição do ano passado na posição ocupada pelos quatro primeiros estados: São Paulo, seguido por Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal mantiveram as colocações de 2015.
São Paulo – Fabio Klein, analista de finanças públicas da Tendências, disse que os estados mais ricos que estão no topo da lista conseguiram manter o status porque o desempenho favorável de outros quesitos compensou o resultado ruim da situação fiscal. São Paulo, que lidera o ranking de competitividade por dois anos seguidos, não tem posição tão confortável no quesito solidez fiscal: ocupa a 15.ª posição. Foi a pior colocação do estado entre os dez grupos avaliados.
“Nos pilares inovação e potencial de mercado, que têm a ver com o tamanho da economia e com a capacidade de investir em pesquisa e desenvolvimento, São Paulo sempre sai na frente, assim como infraestrutura”, disse Klein.
Neste ano, Roraima liderou o ranking de solidez fiscal, seguido pelo Pará, Mato Grosso do Sul e Amapá. O que chama atenção é que esses estados tiveram uma ascensão significativa na parte fiscal durante o último ano, apesar de, na classificação geral, não terem alcançado posição de destaque, exceto no caso de Mato Grosso do Sul.
Norte – Klein explicou que Roraima é o primeiro no ranking fiscal e ascendeu 12 posições porque neste ano foi incluído no quesito o resultado primário – receitas menos despesas, sem incluir juros. “Roraima tem o melhor resultado primário, além de um endividamento muito baixo.” Isso coloca o estado no topo ante os demais.
Klein explicou o baixo endividamento dos estados do norte e nordeste faz com que eles gastem menos com a dívida. Já nos estados do sul e do sudeste, o desafio fiscal é maior. Isso porque o endividamento é mais elevado. Também são estados mais industrializados e foram mais afetados pela crise.
Minas Gerais e Rio de Janeiro ocupam as últimas posições no ranking de solidez fiscal pelo fato deterem endividamento elevado. “Quem deve quebra”, disse o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), presente ao evento de premiação. Ele fez referência aos juros de 14,25% ao ano.
Klein destacou que o Paraná foge à regra dos estados do sul e do sudeste. O Paraná, conseguiu se sair bem no conjunto fiscal e também no desempenho de outros indicadores. “Fizemos o ajuste fiscal em 2014, reduzimos mil cargos comissionados e ampliamos em 8% o investimento”, disse Beto Richa, governador do Paraná (PSDB).
Para Luiz Felipe d’Avila, diretor presidente do CLP, o ranking deste ano é uma fotografia de um dos momentos mais críticos: combina crise da economia com aumento do gasto público. “A crise é uma oportunidade para fazer as reformas estruturais que o estado precisa.” Segundo ele, a PEC do gasto público, a reforma da Previdência e a reforma trabalhista são imprescindíveis para retomar a competitividade.
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