Publicado em 16/05/2025 às 08h25.

Banco do Brasil tem queda de 20,7% no lucro líquido do 1º trimestre de 2025

Balanço foi divulgado pela instituição na noite desta quinta-feira

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 7,37 bilhões no primeiro trimestre de 2025. O resultado foi abaixo do valor projetado que era de R$ 9,32 bi. O balanço da instituição foi divulgado na noite desta quinta-feira (15). O número significa uma queda de 20,7% em relação ao mesmo período do ano passado e 23% no comparativo ao quarto trimestre de 2024.

Este foi o primeiro recuo após 16 trimestres consecutivos de crescimento no lucro no comparativo com os ganhos do mesmo período do ano anterior. Em nota, o BB informou que a entrada em vigor de uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), alterando a contabilidade das instituições financeiras, interferiu no resultado. Apesar de terem sido aprovadas em 2021, as novas regras só entraram em vigor em janeiro.

Pelas novas regras, o reconhecimento das receitas de juros das operações consideradas estágio 3 (com atrasos acima de 90 dias) pelo regime de caixa fez com que o banco deixasse de reconhecer R$ 1 bilhão em receitas de crédito. O regime de caixa só permite o reconhecimento de receitas quando o dinheiro efetivamente entra no caixa da instituição financeira. O índice de inadimplência, que considera atrasos de mais de 90 dias, subiu para 3,86% no primeiro trimestre, contra 3,32% no quarto trimestre de 2024 e 2,90% no primeiro trimestre do ano passado. Segundo o BB, o aumento decorre da alta da Taxa Selic (juros básicos da economia) e de quebras de safra em 2023 e em 2024, que fizeram a inadimplência no agronegócio atingir 3,04% no fim de março, contra 2,45% em dezembro e 1,19% em março do ano passado.

Com a queda no lucro, o BB suspendeu uma série de previsões sobre seu desempenho para 2025. Segundo as estimativas anteriores, apresentadas em fevereiro, o banco projetava lucro líquido ajustado entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões, margem financeira bruta entre R$ 111 bilhões e R$ 115 bilhões e custo do crédito entre R$ 38 bilhões e R$ 42 bilhões. Os novos números ainda serão divulgados.

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