Publicado em 13/08/2024 às 12h48.

BNDES registra lucro líquido de R$ 7,2 bilhões no primeiro semestre de 2024

Em um comparativo com o mesmo período de 2023, a alta é de 94%

Redação
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou um lucro líquido recorrente de R$ 7,2 bilhões no primeiro semestre de 2024, apontam dados de um balanço divulgado pela instituição nesta terça-feira (13) no Rio de Janeiro. Em um comparativo com o mesmo período de 2023, a alta é de 94%.

Segundo matéria da Folha de São Paulo, a ampliação da intermediação financeira, a principal atividade do banco, que inclui a operação de crédito é apontada como a principal razão por tras do salto no lucro pelo diretor financeiro e de crédito digital para MPMEs (micro, pequenas e médias empresas) do BNDES, Alexandre Abreu.

Os desembolsos da instituição atingiram no primeiro semestre a marca de R$ 49,3 bilhões e apresentaram crescimento de 21% ante o resultado apresentado no ano passado. Os desembolsos são os recursos que efetivamente saem do banco para investimentos na economia. O resultado operacional apontou ainda que as aprovações de crédito, no 1º semestre de 2024, superaram as marcas dos últimos 6 anos, somando R$ 66,5 bilhões (aumento de 83% em relação ao mesmo período de 2023).

“A retomada do crédito do BNDES é uma realidade forte em todos os setores em que trabalhamos”, afirmou Abreu.

O BNDES apresentou crescimento expressivo no volume de todos os recortes setoriais, especialmente nas aprovações de infraestrutura (R$ 26,3 bilhões) e na indústria (R$ 14,5 bilhões), seguidos comércio e serviços (R$ 11,4 bilhões) e em agropecuária (R$ 14,2 bilhões). O resultado inclui operações diretas e indiretas (via agentes financeiros repassadores de recursos do BNDES).

Para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) as aprovações de crédito totalizaram R$ 29,3 bilhões, ante R$ 19,1 bilhões do 1º semestre de 2023 (aumento de 53,2%). Segundo o diretor Alexandre Abreu, a melhoria do resultado é consequência direta da volta do BNDES como repassador de recursos para a economia. “As cooperativas de crédito tem se destacado no repasse de recursos do BNDES. Isso explica porque estamos tão fortes no apoio às MPME e no crédito rural, dois grupos atendidos pelas cooperativas”, pontuou.

No governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o BNDES tenta retomar protagonismo como financiador de projetos de diferentes setores. O banco ocupa uma posição central no plano de fomento à indústria anunciado em janeiro pelo governo do presidente. Essa política, contudo, é vista com ressalvas por uma ala de economistas que vê uma espécie de reciclagem de ideias de gestões petistas passadas. A gestão de Aloizio Mercadante, presidente do banco, defende o apoio a áreas como inovação e transição energética.

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