Publicado em 22/04/2024 às 14h38.

C&A planeja chegar a 330 ‘mini C&As’ para dar salto de produtividade, diz CEO

Estratégia por atrás dos objetivos para triênio que vai até 2026

Redação
Foto: C&A

 

Nos últimos quatro anos, a C&A executou um plano estratégico desenhado na época do IPO, que resultou não só em aumento de vendas como de geração de caixa operacional e de margens, como reflexos dos ganhos de eficiência da operação. Os investimentos realizados ainda devem se refletir de forma relevante nos resultados de 2024, mas a rede varejista acaba de concluir um novo plano para os próximos três anos, segundo contou o CEO da C&A, Paulo Correa, em entrevista à Bloomberg Línea.

“Nós sentamos no fim do ano passado e discutimos como buscar um novo ciclo de crescimento, em cima de uma premissa: diante dos ativos que nós temos, como uma marca forte e muitas lojas com localização premium, como em shoppings, estabelecemos como objetivo número um colocar energia para fazer esses ativos renderem mais”, disse o executivo.

No centro da execução da estratégia está o hub de inteligência comercial em cima de análise de dados, que já tem sido usado com sucesso – do ponto de vista de resultados – em atividades como desenvolvimento de produtos, planejamento de compras de fornecedores e de precificação dinâmica. “Nós evoluímos muito nos últimos anos na nossa capacidade tecnológica e analítica”, disse o CEO da C&A.

Segundo ele, o objetivo agora é aplicar a mesma “filosofia” para a dinâmica de lojas, de modo a permitir, no limite, que a companhia tenha 330 “mini C&As”, correspondente ao número de unidades no país, a partir de uma análise muito mais granular.

“Se eu personalizar cada loja em termos de sortimento, de espaçamento de categorias, de comunicação e jornada do cliente dentro de cada uma, eu certamente vou conseguir uma produtividade muito maior do que eu tenho hoje”, disse o executivo. “Certamente há muitas diferenças de demanda e comportamento entre lojas de uma mesma cidade ou microrregião e isso significa que há oportunidades.”

Segundo Correa, os pilares da plataforma C&A Fashion Tech apresentada por ocasião do IPO, de crédito, digitalização da companhia como um todo e de modernização da cadeia de fornecimento e de distribuição, tiveram grande avanço e “ainda há valor a ser capturado, especialmente neste ano”.

As ações da C&A praticamente triplicaram nos últimos 12 meses, com valorização de 286% até a última sexta-feira, como reflexo do avanço de diferentes métricas nos anos recentes.

As receitas líquidas chegaram a R$ 6,72 bilhões no ano de 2023, com alta de 27% na comparação com 2019, o ano anterior à pandemia), enquanto a margem bruta avançou para 52,4%, ganho de quatro pontos percentuais na mesma comparação), e o Ebitda ajustado foi de R$ 1,048 bilhão (+66%).

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