Publicado em 30/04/2025 às 10h53.

‘Careca do INSS’ recebeu R$ 53,5 mi de entidades e liberava descontos, diz PF

Defesa de Antônio Antunes diz que suspeitas "não correspondem à realidade dos fatos"

Redação
Foto: Reprodução/Redes sociais

 

Apontado em investigação como “epicentro da corrupção ativa” e lobista profundamente envolvido no “esquema de descontos ilegais de aposentadorias”, Antônio Carlos Camilo Antunes recebeu R$ 53,58 milhões de entidades associativas e de intermediárias, de acordo com a investigação da Polícia Federal.

De acordo com relatório de investigadores, o pagamento ocorreu por meio de empresas de Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Ele ainda teria repassado R$ 9,32 milhões a servidores e empresas ligadas à cúpula do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

O empresário foi um dos alvos da operação Sem Desconto, deflagrada na última quarta-feira (23) para combater descontos irregulares nos benefícios de beneficiários.

A investigação afirma que Antunes usava empresas “para prestar serviços de consultoria a entidades que cobram mensalidades associativas dos aposentados”.

Segundo a investigação, o empresário fez pagamentos diretos e indiretos para Virgílio Filho, ex-procurador-geral do INSS, além de André Fidelis e Alexandre Guimarães, ambos ex-diretores do instituto.

A Folha não conseguiu localizar as defesas dos ex-servidores do INSS. Ao jornal O Globo, Alexandre Guimarães afirmou que o dinheiro recebido se refere ao trabalho como consultor e disse ter notas fiscais para comprovar. A defesa de André Fidélis disse que não iria se manifestar por não ter tido acesso aos autos do processo e reafirmou o compromisso com o esclarecimento integral dos fatos.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.