CCR deve apresentar proposta para a concessão de aeroporto de Salvador

As propostas para o leilão do Aeroporto Internacional de Salvador serão entregues nesta segunda-feira (13) na BM&F Bovespa. A empresa que ganhar o pregão do terminal terá que pagar um valor de outorga de R$ 1,2 bilhão e investir R$ 2,3 bilhão, inclusive na construção de uma segunda pista. O grupo CCR, que já administra o metrô da capital baiana, é o maior interessado e deve apresentar proposta, mesmo após ter dito que o negócio não era mais tão atraente assim.

A CCR afirma que os estudos do governo são de 2015 e que o volume de passageiros caiu 19%, mas o grupo tem folga de caixa e interesse em integrar as operações do metrô e do aeroporto. Salvador tem o perfil mais competitivo entre os quatro aeroportos que estão sendo leiloados, mas traz algumas incertezas para as empresas, pois a construção da segunda pista terá de ser feita em uma área de dunas, o que significa problemas com órgãos ambientais. Porém, o edital prevê que, se a construção não for possível, haverá um reequilíbrio econômico para retirar as obrigações do concessionário.

A lista de candidatos às concessões do terminal baiano inclui ainda as operadoras espanholas AviAlliance, Aena e OHL, a suíça Zurich, a argentina Corporación América, a alemã Fraport e a francesa Vinci. Do lado brasileiro surgem grandes fundos, como Pátria e Vinci Partners, a empresa de infraestrutura CCR e algumas construtoras, como a CR Almeida. Os envelopes serão entregues na próxima quinta-feira (16).

Outros leilões – Além do terminal baiano, serão definidos, por meio do leilão, os novos administradores privados dos aeroportos de Porto Alegre, Florianópolis e Fortaleza. O governo espera arrecadar pelo menos R$ 3 bilhões em outorgas com a concessão dos aeroportos e a previsão é de que sejam investidos R$ 6,613 bilhões nos quatro terminais. Nesta rodada, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) não será sócia dos aeroportos.

O leilão dos quatro terminais ocorrerá simultaneamente e o vencedor será aquele que oferecer o maior valor de outorga. Um mesmo grupo econômico poderá vencer a disputa por mais de um aeroporto, desde que não estejam na mesma região geográfica. Não haverá restrições à participação dos concessionários atuais. As empresas vencedoras do leilão terão de pagar 25% do valor da outorga à vista, além do ágio. O restante será pago ao longo da concessão.