Comércio baiano cresce em unidades, empregos e receita
Bahia registra alta de 8,9% no total de empresas comerciais e se mantém como destaque no Nordeste entre 2022 e 2023, apesar de ainda não recuperar os níveis de 2014

Entre 2022 e 2023, o comércio baiano voltou a registrar aumento no número de estabelecimentos. Com isso, o total de trabalhadores no setor seguiu em alta, assim como a receita bruta de revenda. O aumento na receita fez com que a Bahia ganhasse participação no valor gerado pelo setor empresarial comercial na região Nordeste.
Em 2023, havia 92.970 unidades locais comerciais ativas e com receita de revenda na Bahia. Esse número representou um aumento de 8,9% em relação a 2022, quando havia 85.364 estabelecimentos comerciais, e significou um saldo de mais 7.606 unidades comerciais em funcionamento em um ano.
A Bahia voltou a apresentar aumento no número de unidades locais comerciais após ter registrado leve queda na passagem entre 2021 e 2022.
O crescimento absoluto foi o quarto maior entre as unidades da Federação, ficando abaixo apenas de São Paulo (+20.394 unidades), Rio de Janeiro (+19.229) e Minas Gerais (+8.895). Entre 2022 e 2023, no Brasil como um todo, o número de unidades locais de empresas comerciais cresceu pelo terceiro ano consecutivo (+5,1%), passando de 1.619.920 para 1.702.147, o que representou mais 82.227 estabelecimentos.
Entre 2022 e 2023, a Bahia ultrapassou Santa Catarina, passando do 7º para o 6º lugar no ranking estadual de número de unidades locais de empresas comerciais, mantendo a liderança no Norte-Nordeste.
Entretanto, mesmo com o resultado positivo, em 2023 o setor empresarial comercial baiano ainda estava 9,1% menor do que em 2014, quando o estado alcançou seu recorde, com 102.255 unidades comerciais. O saldo negativo, nesse período, foi de 9.285 estabelecimentos ativos a menos no estado.
Com o aumento no número de unidades locais comerciais na Bahia entre 2022 e 2023, o total de trabalhadores no setor cresceu pelo terceiro ano consecutivo.
Em 2023, 500.835 pessoas estavam ocupadas nos estabelecimentos comerciais ativos no estado, frente a 471.606 em 2022. Isso representou mais 29.229 pessoas trabalhando nas empresas do setor em um ano (+6,2%).
A Bahia teve o 5º maior aumento absoluto no número de trabalhadores no comércio no período. Os maiores crescimentos foram registrados no Rio Grande do Sul (+38.809 empregados), Paraná (+36.408) e Minas Gerais (+30.643). Em termos percentuais, o estado apresentou o 8º maior crescimento.
No Brasil como um todo, o número de trabalhadores em unidades locais de empresas comerciais também cresceu pelo terceiro ano seguido entre 2022 e 2023, passando de 10.277.392 para 10.545.204, o que representou mais 267.812 pessoas (+2,6%). Nesse período, 22 dos 27 estados tiveram aumento no pessoal ocupado em empresas comerciais.
Entre 2022 e 2023, a Bahia seguiu apresentando crescimento na receita bruta de revenda do comércio (+11,1%)
Além de ter ampliado de tamanho e gerado mais empregos, o setor empresarial comercial baiano teve, de 2022 para 2023, nova alta nominal da receita de revenda.
Em valores correntes de cada ano (não corrigidos), a receita bruta de revenda das empresas comerciais na Bahia aumentou 11,1% entre 2022 e 2023, passando de R$ 279,104 bilhões para R$ 310,017 bilhões (mais R$ 30,913 bilhões). Foi o quarto crescimento consecutivo para o estado.
No país como um todo, a receita das empresas comerciais cresceu nominalmente 7,3%, de R$ 7,174 trilhões em 2022 para R$ 7,697 trilhões em 2023, com altas em 26 das 27 unidades da Federação. Rondônia foi o único estado com queda (-2,5%).
Com o avanço, a Bahia subiu da 9ª para a 8ª posição entre as maiores receitas brutas de revenda do comércio do país, ultrapassando Goiás (R$ 281,4 bilhões). São Paulo (R$ 2,2 trilhões), Minas Gerais (R$ 767,1 bilhões) e Paraná (R$ 620,3 bilhões) lideravam esse ranking.
Varejo liderou aumento de unidades, emprego e receita do comércio baiano entre 2022 e 2023
Entre 2022 e 2023, dentre as três grandes divisões do comércio (varejo, atacado e vendas de veículos, peças e motocicletas), o varejo teve os aumentos absolutos mais expressivos em número de unidades, pessoal ocupado e receita bruta.
Nesse período, o número de empresas comerciais varejistas na Bahia passou de 68.657 para 76.306 (+11,1%), ou seja, mais 7.649 estabelecimentos em um ano. Com o crescimento, o comércio varejista representava, em 2023, 82,1% de todos os estabelecimentos comerciais baianos.
Já o comércio de veículos, peças e motocicletas registrou mais 381 unidades locais na Bahia entre 2022 e 2023, totalizando 7.049 (+5,7%). Por outro lado, houve leve queda no número de empresas do atacado: de 10.039 para 9.615 (-4,2%).
O varejo também liderou o crescimento absoluto do pessoal ocupado na Bahia. Entre 2022 e 2023, o número de trabalhadores no setor subiu de 363.801 para 383.817, o que representou mais 20.016 pessoas ocupadas (+5,5%). O setor concentra 76,6% do total de ocupados no comércio no estado.
Apesar da queda no número de unidades, o atacado teve a maior taxa de aumento no número de trabalhadores no estado (+13,1%), passando de 68.208 para 77.177.
Já o comércio de veículos mostrou crescimento de 244 trabalhadores em 2023, chegando a 39.841 (+0,6%).
O varejo também teve o maior aumento nominal da receita bruta de revenda na Bahia entre 2022 e 2023, com crescimento de R$ 14,2 bilhões (+10,8%), passando de R$ 131,0 bilhões para R$ 145,2 bilhões. O segmento manteve a maior fatia da receita bruta de revenda na Bahia em 2023, com quase metade do valor total (46,8%).
O atacado também registrou crescimento nominal da receita bruta de revenda entre 2022 e 2023, com aumento absoluto de R$ 13,9 bilhões (+11,1%), passando de R$ 124,7 bilhões para R$ 138,6 bilhões.
O crescimento na receita do comércio de veículos, peças e motocicletas na Bahia foi de 12,2%, passando de R$ 23,4 bilhões para R$ 26,3 bilhões entre 2022 e 2023.
Entre 2014 e 2023, Bahia ganha participação na receita gerada pelo comércio no Nordeste e segue na liderança regional
Em 2023, a Bahia se manteve como o estado com maior representatividade no setor comercial do Nordeste, com ganho de participação na receita bruta de revenda do comércio na região em uma década (desde 2014). Entretanto, perdeu peso regional no número de unidades locais e na população ocupada.
A participação da Bahia na receita bruta de revenda do comércio no Nordeste passou de 27,2% para 27,5% entre 2014 e 2023. Nesse período, a receita bruta do comércio baiano mais que dobrou em termos nominais, subindo de R$ 137,4 bilhões em 2014 para R$ 310,0 bilhões em 2023 (+125,7%).
Na região Nordeste, o crescimento foi levemente menor, de 122,9%, com o valor passando de R$ 505,8 bilhões em 2014 para R$ 1,128 trilhão em 2023.
Entre 2014 e 2023, o ganho de participação da Bahia na receita bruta comercial do Nordeste foi de 0,3 ponto percentual — o menos intenso entre os quatro estados com crescimento na participação. Também ganharam participação na região: Maranhão (de 9,8% para 12,2%), Piauí (de 5,0% para 5,5%) e Alagoas (de 6,7% para 7,1%). Sergipe se manteve estável (5,0%).
Por outro lado, quem mais perdeu participação na receita do comércio no Nordeste, entre 2014 e 2023, foi Pernambuco (de 21,0% para 19,3%, menos 1,7 ponto percentual). Também apresentaram desempenho negativo Ceará (de 15,2% para 13,7%), Rio Grande do Norte (de 6,4% para 6,3%) e Sergipe (de 3,6% para 3,5%).
Apesar da maior participação regional na receita em relação a 2014, a participação da Bahia no total de estabelecimentos comerciais do Nordeste caiu de 31,1% para 28,7%. Além disso, o estado reunia, em 2023, 27,0% dos trabalhadores do setor na região, frente a 27,4% em 2014.
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