Publicado em 17/01/2025 às 15h07.

Consumo das famílias aumenta e impulsiona atividade econômica no Brasil

O consumo das famílias cresceu 5,7% no trimestre móvel encerrado em novembro

Redação
Foto: Reprodução/Assessoria

 

O Monitor do PIB-FGV apontou que a atividade econômica no Brasil cresceu 0,6% em novembro, em comparação a outubro, com o PIB (Produto Interno Bruto) acumulado até outubro estimado em R$ 10,708 trilhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre). Um dos principais fatores desse crescimento foi o consumo das famílias, que aumentou 5,7% no trimestre móvel encerrado em novembro. No entanto, esse crescimento apresentou uma desaceleração pela primeira vez desde maio de 2024, segundo notícia publicada pela Agência Brasil.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) explica que “o desempenho do consumo das famílias segue sendo de forte crescimento, embora, pela primeira vez desde maio de 2024, o crescimento da taxa trimestral móvel tenha desacelerado”.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) cresceu 10% no mesmo período, impulsionada principalmente pelo setor de máquinas e equipamentos, embora todos os componentes tenham contribuído positivamente. Apesar disso, houve uma redução no ritmo de crescimento em comparação aos meses anteriores, especialmente nos setores da construção.

As exportações também mostraram um desempenho positivo, com um crescimento de 4,4% no trimestre móvel, a maior taxa desde abril de 2024. Os bens de consumo e os bens intermediários foram os principais responsáveis por essa variação positiva, embora o desempenho negativo das exportações agropecuárias tenha limitado um crescimento ainda maior. As importações, por sua vez, aumentaram 18,8%, com a importação de bens intermediários representando metade desse crescimento.

Em relação à indústria e à agropecuária, o crescimento econômico em novembro foi atribuído ao bom desempenho desses setores. Embora a indústria de transformação tenha permanecido estagnada, a indústria extrativa, a construção e os serviços de eletricidade e relacionados apresentaram crescimento robusto. No entanto, o setor de serviços enfrentou estagnação pelo segundo mês consecutivo, refletindo um padrão similar ao do consumo das famílias.

Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, destacou que os investimentos e as exportações foram os principais fatores positivos na demanda. O crescimento dos investimentos em novembro foi, em parte, uma recuperação após uma queda acentuada em outubro. Apesar dos resultados positivos, há sinais de possível esgotamento em alguns segmentos, como o setor de serviços e o consumo das famílias, o que pode indicar dificuldades em manter o ritmo de crescimento forte observado anteriormente.

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