Publicado em 28/03/2023 às 14h20.

Copom vê desaceleração da economia como ‘necessária’ para conter inflação

Em ata da última reunião divulgada nesta terça, colegiado avalia que arcabouço fiscal "sólido e crível" pode reverter as expectativas sobre a inflação

Redação
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

 

O Comitê de Política Monetária (Copom) vislumbra ainda um período prolongado de juros mais altos. A conclusão consta de ata da última reunião do colegiado do Banco Central, finalizada na quarta-feira da semana passada (22), quando a Selic foi mantida em 13,75% ao ano. O documento foi divulgado nesta terça-feira (28). “O Copom segue avaliando que a desaceleração da economia em curso é necessária para garantir a convergência da inflação para suas metas.”

Para os diretores do BC, o cenário internacional “requer maior cautela” por parte dos países emergentes. A ata do Copom destaca a crise dos bancos nos Estados Unidos e a inflação elevada nas principais economias. No Brasil, o Copom frisa que as expectativas para a inflação de 2023 e 24, de 6% e 4,1% representam a persistência do IPCA acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional.

“À medida que se projeta inflação mais alta à frente, empresas e trabalhadores passam a incorporar tal inflação futura em seus reajustes de preços e salários”, destaca o Copom, na ata. “Assim, há uma maior elevação de preços no período corrente, e o processo inflacionário é alimentado por estas expectativas.”

O colegiado do BC, entretanto, avalia que um arcabouço fiscal “sólido e crível” pode “levar a um processo desinflacionário mais benigno através do seu efeito no canal de expectativas”.  A equipe econômica não pretende manter o teto de gastos. A proposta de novo arcabouço já foi maturada entre os ministérios da Fazenda; Planejamento e Orçamento; Desenvolvimento e Gestão e a líderes do Congresso. O projeto foi apresentado ao presidente Lula, que faz os últimos ajustes. Fonte: UOL

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