Publicado em 21/10/2016 às 11h00.

Deflação em Alimentação e Bebidas é a melhor desde 2009

Nesta sexta-feira (21), o IBGE informou que o IPCA-15 avançou 0,19% este mês; Considerando a série mês a mês, foi a menor variação desde agosto de 2014

Ana Lucia Andrade
Foto: Marcelo Camargo/ABr
Foto: Marcelo Camargo/ABr

 

A deflação de 0,25% no grupo Alimentação e Bebidas no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de outubro fez o indicador ter a menor variação para o mês desde outubro de 2009. Nesta sexta-feira (21), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA-15 avançou 0,19% este mês. Considerando a série mês a mês, foi a menor variação desde agosto de 2014, quando o indicador teve alta de 0,14%.

Com a deflação, o grupo Alimentação e Bebidas tirou 0,06 ponto porcentual (p.p.) no IPCA-15, maior impacto negativo no mês. Segundo o IBGE, os preços no agrupamento dos alimentos para consumo em casa recuaram 0,57%. “A principal contribuição para baixo foi a do leite longa vida (-0,11 p.p.), que ficou 8,49% mais barato”, diz nota divulgada pelo IBGE.

Também ficaram mais baratos até meados de outubro a batata-inglesa (-13,03%), as hortaliças (-6,18%) e o feijão carioca (-6,17%). A exceção ficou por conta das carnes, cujos preços subiram 2,45% e deram a contribuição mais elevada ao IPCA-15 de outubro, com +0,07 p.p., segundo o IBGE.

Outros dois grupos também puxaram o índice para baixo: Artigos de Residência

(-0,31% de variação e -0,01 p.p. de impacto) e Despesas Pessoais (-0,12% e -0,01 p.p. de impacto).

Destaques de alta – Se os alimentos puxaram o alívio na inflação neste mês, os destaques de alta foram os grupos Habitação (+0,60%) e Transportes (+0,67%). Segundo o IBGE, nas despesas com Habitação, o destaque de alta ficou com o preço do botijão de gás, que subiu 3,55%. Já nos gastos relacionados aos transportes, as passagens aéreas se destacaram, com alta de 10,36%.

O avanço de 3,38% no preço do etanol também ajudou a elevar o grupo Transportes. A alta no etanol puxou o preço da gasolina, que registrou alta de 0,80% no IPCA-15 de outubro, pois, conforme o IBGE, a gasolina “contém 27% de etanol em sua composição”.

Composição regional – Na composição regional, a desaceleração do IPCA-15 de setembro para outubro foi puxada por deflações no Rio e em Curitiba. Conforme o IBGE, indicador ficou em -0,01% na capital fluminense e -0,26% na capital paranaense.

Em Curitiba, assim como no índice nacional, os alimentos foram o destaque de baixa, com recuo de 1,37% nos preços.

Na contramão, São Paulo registrou alta de 0,27% no IPCA-15 de outubro, acelerando perante os 0,20% de setembro.

Neste mês, a maior alta regional ficou com Goiânia, onde o IPCA-15 avançou 0,38%. Segundo o IBGE, os combustíveis foram o destaque de alta por lá, com a gasolina registrando avanço de 2,43% e o etanol, de 3,86%.

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