Publicado em 26/11/2020 às 18h00.

Depois de atrito, Economia busca esfriar ânimos entre Guedes e Campos Neto

Ministro mostrou descontentamento com declarações do aliado e sugeriu que se preguntasse sobre plano a presidente do BC

Redação
Foto: Edu Andrade/Ministério da Economia
Foto: Edu Andrade/Ministério da Economia

 

Depois do início de um atrito entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, dirigentes da área econômica buscaram esfriar os ânimos nesta quinta-feira (26).O secretário do Tesouro, Bruno Funchal, sustentou não haver divergência entre o ministro e o responsável por conduzir a autoridade monetária.

Segundo Funchal, o BC está “totalmente alinhado” com o da pasta. “Todos fazem parte do mesmo governo”, afirmou. Na verdade, Campos Neto entrou para a gestão Bolsonaro por indicação de Guedes. Porém, o ministro tem em um antigo aliado, o ministro de Desenvolvimento Regional e ex-secretário da Economia, Rogério Marinho, um dos principais alvos de conflito.

Na quarta-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, havia frisado a necessidade de o país conquistar credibilidade com a continuação das reformas e com plano que indicasse clara percepção para investidores de que país está preocupado com trajetória da dívida.

Questionado sobre a declaração mais tarde, o ministro da Economia, Paulo Guedes, o rebateu.“O presidente Campos Neto sabe qual é o plano. Se ele tiver um plano melhor, peça a ele qual o plano dele”, disse o ministro. Guedes e Campos Netos se telefonaram na manhã desta quinta-feira. Interlocutores passaram a mensagem de que a relação entre os dois está “tranquila”.

Segundo Funchal, o plano para a Economia envolve, nas próximas semanas, a aprovação no Senado das PECs do Pacto Federativo e Emergencial.Na Câmara, a pauta prioritária abarca o PLP 137, que permite pagamento de despesa com recurso vinculado a fundos, além da autonomia do BC e projetos associados ao pacote de ganho de produtividade para a economia: lei de falências, marco do gás, para cabotagem e para ferrovias. Com informações da Reuters Brasil e de O Globo.

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