Dólar chega a subir quase 2% e bate os R$ 5,86 com vitória de Trump, mas ameniza alta
Trump ultrapassou os 270 votos necessários no Colégio Eleitoral para vencer a disputa pela Casa Branca, de acordo com projeções da imprensa americana

O dólar comercial chegou a subir quase 2% em relação ao real na abertura dos negócios, mas perdeu parte do ímpeto e segue subindo forte, com investidores repercutindo a vitória do republicano Donald Trump na corrida pela Casa Branca, segundo informações do portal InfoMoney.
Trump reconquistou a Casa Branca nesta quarta-feira (6) ao garantir mais do que os 270 votos do Colégio Eleitoral necessários para ganhar a Presidência, segundo projeção da Edison Research, após uma campanha de retórica sombria que aprofundou a polarização no país.
Qual a cotação do dólar hoje?
Às 10h06, o dólar à vista operava com alta de 0,98%, cotado a R$ 5,802 na compra e R$ 5,803 na venda. Na máxima, chegou a bater R$ 5,862. Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,82%, a 5.813 pontos.
Na terça-feira, o dólar à vista fechou o dia em baixa de 0,62%, cotado a 5,7472 reais.
O Banco Central (BC) fará nesta sessão leilão de até 14.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de dezembro de 2024.
Dólar comercial
Compra: R$ 5,802
Venda: R$ 5,803
Dólar turismo
Compra: R$ 5,795
Venda: R$ 5,975
O que aconteceu com o dólar hoje?
A divisa americana também se fortaleceu em relação a outras grandes moedas globais nesta quarta-feira, quando o ex-presidente Donald Trump reconquistou a Casa Branca, tornando-se apenas o segundo presidente na história a retornar para ganhar dois mandatos não consecutivos na Casa Branca.
A concretização da vitória de Trump retomou os temores dos mercados globais por suas promessas econômicas, que incluem tarifas e cortes de impostos. Na visão de analistas, a natureza inflacionária das políticas do republicano geraria necessidade de a taxa de juros dos EUA permanecer em um nível elevado.
Diante da perspectiva de que o Federal Reserve precisará ser mais cauteloso em seu afrouxamento monetário com a chegada de Trump na Presidência, os rendimentos dos Treasuries disparavam, impulsionando a divisa dos Estados Unidos ante seus pares fortes e emergentes.
O cenário de um segundo mandato de Trump também gera preocupações de aumento das tensões geopolíticas, alimentando a aversão ao risco.
O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 1,94%, a 105,370.
“A vitória de Trump, de forma acachapante e um fortalecimento muito grande dos republicanos, reforça a ideia de que haverá mais protecionismo, uma tendência maior à pressão inflacionária e consequentemente a elevação da taxa de juros”, disse Gesner Oliveira, sócio da GO Associados e professor da FGV.
As atenções dos agentes financeiros se voltarão na quinta-feira para a próxima decisão de juros do Fed, em que se espera que as autoridades reduzam a taxa em 25 pontos-base, após um corte de 50 pontos no encontro de setembro.
Por aqui, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que todos os ministros do governo estão “muito conscientes” da tarefa de reforçar o arcabouço fiscal, acrescentando que a rodada de reuniões pedida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para se discutir medidas fiscais foi concluída.
Falando a jornalistas, Haddad apontou que o próximo passo do presidente provavelmente será pedir uma conversa com os presidentes das duas Casas do Congresso para que se discuta o envio das medidas fiscais para análise dos parlamentares.
Ainda na seara nacional, os destaques ficam por conta da decisão de política monetária do Banco Central e balanços corporativos.
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