Em abril, vendas do varejo baiano retraem 1,2%
No cenário nacional, houve um aumento de 0,9% na mesma base de comparação

O comércio varejista na Bahia registrou uma queda de 1,2% nas vendas em abril de 2024 em comparação com o mês anterior. No cenário nacional, houve um aumento de 0,9% na mesma base de comparação. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a Bahia apresentou um crescimento de 7,8%, a sexta melhor taxa entre os estados e a 18ª positiva consecutiva.
No Brasil, as vendas cresceram 2,2% na mesma comparação. No acumulado do ano, os resultados foram positivos: 10,5% na Bahia e 4,9% no Brasil. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
A retração nas vendas do varejo em abril, após um resultado positivo de 3,1% em março, indica que os consumidores redirecionaram seus gastos, conforme apontado pelo crescimento de 5,7% na pesquisa de serviços para o mesmo período.
Por outro lado, em comparação ao ano anterior, apesar da elevação dos preços, fatores positivos como juros mais baixos, um mercado de trabalho mais forte e transferências governamentais impulsionaram o setor. De acordo com a Fundação Getulio Vargas, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE subiu 1,9 pontos em abril, chegando a 93,2 pontos. Ana Carolina Gouveia, analista do setor, atribui essa melhora às expectativas positivas para os próximos meses.
Em abril de 2024, comparado a abril de 2023, sete dos oito segmentos do comércio varejista baiano registraram crescimento nas vendas. Os segmentos que mais cresceram foram Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (24,7%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (16,6%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (12,3%), Móveis e eletrodomésticos (11,4%), Combustíveis e lubrificantes (11,3%), Tecidos, vestuário e calçados (6,2%), e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,9%). O segmento de Livros, jornais, revistas e papelaria teve uma queda de 16,5%. Entre os subgrupos, Eletrodomésticos, Móveis e Hipermercados e supermercados cresceram 12,1%, 11,3% e 3,6%, respectivamente.
Em relação ao ano anterior, os segmentos de Combustíveis e lubrificantes, Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos foram os mais influentes positivamente no setor.
Combustíveis e lubrificantes tiveram o melhor desempenho do mês, influenciado pelo aumento da frota de carros novos no estado. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE), houve um aumento de 31,1% no número de veículos emplacados em abril.
O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, o mais relevante para o indicador de volume de vendas do comércio varejista, manteve crescimento nas vendas pelo décimo primeiro mês consecutivo. Apesar da inflação nos alimentos e bebidas, houve uma deflação de 2,37% no subgrupo de cereais, leguminosas e oleaginosas, como arroz e feijão, produtos da cesta básica brasileira, e uma melhoria no emprego e na massa real de rendimento.
O segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos também influenciou positivamente, com aumento na procura por medicamentos devido ao surto de dengue na Bahia, onde 256 municípios enfrentavam a epidemia em abril.
O comércio varejista ampliado, que inclui Veículos, motos, partes e peças, Material de construção e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, apresentou uma expansão de 10,9% nas vendas em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, o crescimento foi de 9,8%.
O segmento de Veículos, motos, partes e peças teve uma alta de 25,5% nas vendas comparado ao mesmo mês do ano anterior, refletindo o aumento das vendas de carros novos, conforme os dados da FENABRAVE. No acumulado do ano, a variação foi positiva em 10,9%.
Material de construção registrou um aumento de 38,8% nas vendas em comparação a abril de 2023, atribuído ao efeito base, considerando a queda de 6,9% no mesmo mês do ano passado, e ao aumento dos gastos com habitação devido à deflação em itens de construção como Material de eletricidade (-0,31%), Vidro (-0,48%) e Revestimento de Piso e Parede (-1,78%). No acumulado do ano, houve um crescimento de 21,1% nas vendas.
O segmento de Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo teve um crescimento de 2,5%, com parte das vendas direcionada para hiper e supermercados, e também afetado pela inflação. No acumulado do ano, a taxa foi positiva em 2,8%.
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