Espírito da proposta foi mantido, diz Wagner sobre corte de gastos aprovado no Congresso

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que, apesar das alterações, o “essencial” foi mantido na PEC (proposta de emenda à Constituição) que integra o pacote de contenção de gastos do governo Lula ). A declaração foi feita em entrevista coletiva após aprovação do texto no Congresso, na noite de quinta-feira (19). A apreciação deve ser concluída nesta sexta (20).

“Na minha opinião, o resultado é satisfatório. Na verdade, do primeiro para o segundo turno, nós aumentamos de 53 para 55 votos. Os outros destaques todos nós conseguimos ganhar. Então, repare, esse número é mais ou menos o número que a gente considera da base, 53, 55, 56. Na minha opinião, óbvio que tinha gente que teve que sair, estava em voo, não pôde votar. Mas eu considero que o resultado é extremamente positivo”, avaliou o senador.

No primeiro turno na Câmara dos Deputados, a PEC já havia sido aprovada por 344 votos a 154, uma margem larga em relação ao mínimo de 308 votos necessários para uma alteração constitucional. No segundo turno, a vantagem ficou ainda maior: 348 a 146.

Ao encaminhar o pacote ao Congresso, a expectativa do governo era obter uma economia de R$ 70 bilhões em dois anos. Os parlamentares, no entanto, promoveram mudanças que podem reduzir o impacto das propostas.

“Oficialmente, uma economia um pouco menor do que o governo estimava. Mas, repare, o essencial foi mantido. Eu acho que o sinal que é mais importante de responsabilidade com a economia, com a responsabilidade fiscal. Esse foi dado e nós ganhamos. Evidentemente que ninguém consegue trazer uma matéria para o Congresso e achar que ela vai sair exatamente como foi mandada. Porque deputados e senadores têm suas opiniões. Mas acho que o espírito do pacote de ajuste foi mantido na sua ampla maioria”, reiterou o petista.