FMI prevê resfriamento da economia em 2025
Para 2025, a projeção é de uma desaceleração, com crescimento mantido em 2,2%.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou suas previsões para a economia brasileira, elevando a expectativa de crescimento do PIB para 3,7% em 2024, um aumento em relação aos 3% previstos anteriormente em outubro. Essa nova estimativa supera as previsões do governo brasileiro, que esperava um crescimento de 3,3%, e do Banco Central, que previa 3,5%. Para 2025, o FMI espera uma desaceleração, com um crescimento projetado de 2,2%, mantendo essa mesma taxa para 2026, embora tenha reduzido levemente a previsão anterior, de acordo com notícias publicadas pelo Invest News e Reuters.
Os dados oficiais do PIB do quarto trimestre e do acumulado de 2024 serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 7 de março. Até setembro de 2024, o Brasil já acumulava um crescimento de 3,3% em comparação ao mesmo período de 2023, com uma expansão de 0,9% no terceiro trimestre em relação ao segundo.
Apesar do crescimento significativo nos primeiros nove meses do ano, a economia brasileira deve enfrentar uma desaceleração gradual no último trimestre de 2024. Essa mudança é atribuída à política de juros altos mantida pelo Banco Central, que visa controlar a inflação. Mesmo com essa abordagem monetária restritiva, a atividade econômica continua aquecida, impulsionada por um mercado de trabalho forte e aumento da renda, fatores que, por sua vez, pressionam a inflação.
Recentemente, o Banco Central anunciou que seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), uma prévia do PIB, avançou 0,1% em dezembro em comparação a novembro, superando as expectativas de estabilidade. Em resposta a esse cenário, a taxa básica de juros (Selic) foi elevada em 1 ponto percentual no final do ano passado, alcançando 12,25% ao ano, com a sinalização de mais aumentos pela frente.
Em comparação com outros países da América Latina, as projeções do FMI para o Brasil são mais otimistas do que as do México, que deve crescer apenas 1,8% em 2024, com uma desaceleração para 1,4% em 2025. O FMI também revisou suas expectativas para a expansão da América Latina e do Caribe, prevendo um crescimento de 2,4% no ano passado, com aumentos para 2,5% em 2025 e 2,7% em 2026.
Essas previsões refletem um cenário complexo, onde o crescimento da economia é acompanhado por desafios, especialmente em relação à inflação e à política monetária. A situação exige atenção contínua, tanto do governo quanto do Banco Central, para equilibrar o crescimento econômico com a estabilidade financeira.
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