Publicado em 21/04/2025 às 11h00.

FMI promove ‘reunião de primavera’ nos EUA, em meio à guerra tarifária entre Trump e China

O encontro começa nesta segunda-feira (21) e segue até sábado (26), em Washington, capital dos EUA

Redação
Foto: Reprodução/FMI

 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) realiza nesta semana sua “reunião de primavera”, em meio ao clima de tensão em torno da guerra tarifária entre o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e os parceiros comerciais do país, com destaque particular para a China. O encontro começa nesta segunda-feira (21) e segue até sábado (26), em Washington, capital dos EUA.

Segundo matéria do InfoMoney, a expectativa principal da reunião é saber como os representantes da maior economia global vão agir, e qual será o tom das declarações dos demais países atingidos pelo ‘tarifaço’, além de possíveis diálogos laterais para tentar repensar os negócios entre países a partir da taxação americana.

Segundo Maria Antonieta Del Tedesco Lins, professora de Economia Internacional do Instituto de Relações internacionais da USP, embora a agenda de palestras e painéis do encontro já esteja bem definida, essa é uma grande oportunidade para os países debaterem a situação econômica global que se instaurou após Trump tarifar países em percentuais que foram considerados aleatórios.

A medida impactou o comércio internacional e as projeções do FMI já apontam para uma desaceleração econômica global, com possibilidade de recessão. No discurso de abertura do evento, na última quinta-feira (17), a chefe do FMI, Kristalina Georgieva, afirmou que as projeções de crescimento para os países são baixas, mas descartou o risco de recessão.

A desaceleração da economia é uma das preocupações do FMI e deve ser pauta central da reunião. Uma das funções do fundo, inclusive, é justamente evitar crises financeiras e socorrer países em dificuldade econômica, como fez recentemente com a Argentina.

Por isso, uma queda generalizada, com um possível entrave no comércio internacional, poderia colocar a instituição em xeque, por não ter recursos suficientes para atender a todos os países afetados.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.