Publicado em 05/08/2020 às 08h45.

Governo estuda reduzir alíquota de IR para até 23% e acabar com deduções médicas

Remoção de benefício renderia R$ 15 bi e permitiria corte em percentuais, diz ministério

Redação
Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil
Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil

 

O governo estuda reduzir a alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Física de 27,5%, atualmente a maior na tabela da Receita. Os números finais ainda foram calculados, mas técnicos citam percentuais entre 23% e 25%, informa reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com a publicação, a redução seria compensada por outra medida em análise desde o ano passado, o corte de deduções médicas feitas pelas pessoas físicas nas declarações anuais de ajuste do IR.

Estudo do Ministério da Economia, ainda segundo a Folha, aponta que as deduções representam o valor mais expressivo —R$ 15,1 bilhões ao ano— dentre os chamados gastos tributários do governo com saúde. Isso representa quase um terço dos subsídios na área.

Na avaliação de técnicos, o benefício precisa ser revisto por contemplar classes mais altas da população. O diagnóstico é que a dedução é usada de forma concentrada pelos 20% mais ricos da sociedade.

Uma simulação indica que, com o corte nas deduções médicas, seria possível reduzir também as demais alíquotas.

Enquanto o patamar máximo seria de aproximadamente 25%, a primeira faixa recuaria de 7,5% para 6,9%, por exemplo.

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