Greve de petroleiros pode acarretar desabastecimento no Carnaval, alerta sindicato
Sindicatos estão em greve há 18 dias; nesta quarta-feira (18), representantes devem se reunir para avaliar movimento após decisão do TST
Os petroleiros mobilizados em greve há 18 dias se reúnem nesta quarta-feira (19) para definir a continuidade da greve que mobiliza 16 entidades representativas em todo o país. O encontro é necessário, após decisão do ministro Ives Gandra, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que considerou o movimento ilegal.
O ministro entende que o movimento tem motivação grevista e desrespeita as leis de greve. Por causa disso, Gandra impôs uma multa diária que varia de R$ 250 mil a R$ 500 mil em caso de continuidade da greve, e permitiu à Petrobras tomar qualquer sanção disciplinar contra os manifestantes.
Radiosvaldo Costa, diretor do Sindipetro Bahia, diz que o movimento segue fortalecido e com o sentimento coletivo de que não houve qualquer abuso por parte da categoria. O sindicalista considera um absurdo a forma como o TST interpretou a questão, principalmente em razão do bloqueio das contas financeiras dos sindicatos.
“Temos a tranquilidade de afirmar que é uma greve legal, não é abusiva; é uma greve que tem motivação justa. A petrobas descumpriu um acordo coletivo, provocando risco de desabastecimento. Nós queremos negociar, mas a Petrobras se nega”, avalia.
O movimento grevista é decorrente de uma demissão coletiva promovida pela Petrobas no Paraná, quando 396 trabalhadores foram dispensados de suas funções. Segundo Costa, a empresa alegou desativação da fábrica de fertilizantes onde os funcionários estavam lotados. Mas, segundo acordo firmado com a categoria, a empresa não poderia executar demissões em massa.
Desde então, 16 dos 18 sindicatos de petroleiros estão mobilizados, entre os quais três mais representativos no país: os da Bahia, de São Paulo e de Duque de Caxias/RJ. Costa destaca que já são registradas queda de produção de petróleo e gás e na capacidade de refino, com possibilidade real de afetar a indústria de derivados de petróleo.
“Principalmente no feriado de Carnaval, que aumenta o consumo natural de derivados de petróleo, principalmente a gasolina. O risco de desabastecimento aumenta. Essa responsabilidade é integral da Petrobas. Não é objetivo dos trabalhadores gerar prejuízo”, acrescenta o sindicalista.
Apoio no Parlamento
Nesta terça-feira (18), deputados baianos do PT, PCdoB e PSOl fizeram um ato em apoio à greve, na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). O líder do PT na Casa, deputado Marcelino Galo, explicou ao bahia.ba que os parlamentares assumiram a responsabilidade de dar visibilidade ao movimento grevista.
“Os petroleiros, que estão em greve e enfrentando repressão muito violenta, estão fazendo uma luta que não é só deles; é de todo o povo brasileiro. (…) A Petrobras é patrimônio brasileiro, uma das empresas que mais avançaram no mundo em ciência e tecnologia. Foi a única que mais desenvolvem a exploração em águas profundas. Essa tecnologia é também patrimônio do povo”, declarou.
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