Publicado em 23/04/2025 às 10h53.

Guerra comercial EUA-China deve se acomodar, e Brasil não corre risco de recessão, avalia Haddad

Apesar da avaliação otimista, o ministro disse acreditar que a "novela" da guerra comercial ainda deve se arrastar por "algum tempo"

Redação
Foto: Valter Campanato /Agência Brasil

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quarta-feira (23) que não enxerga risco de recessão no Brasil, e que, em sua avaliação, a guerra comercial travada entre Estados Unidos e China deve se acomodar, já que dificilmente as tarifas impostas mutuamente pelos dois países se manterão intactas.

“Desorganizaria demais as cadeias produtivas globais, muito grande o que está acontecendo para ficar onde está. Minha expectativa, do ponto de vista pessoal, é que vamos ter novos capítulos desse confronto nas próximas semanas e possivelmente o quadro vai mudar, antes disso é difícil prever o que vai acontecer com a economia mundial”, disse Haddad no CNN Talks, evento promovido pela CNN Brasil.

Segundo matéria do Estadão, o ministro ainda pontuou que definições futuras no quadro da economia global dependem dos desdobramentos da guerra comercial, que pode ter efeitos deletérios, afetando todos os países em alguma medida.

Apesar da avaliação otimista sobre o futuro da economia mundial, o ministro disse acreditar que a “novela” da guerra comercial ainda deve se arrastar por “algum tempo”.

Para o Brasil, Haddad manteve sua projeção de crescimento da economia em torno de 2,5% neste ano. Ele citou como argumento o crescimento econômico do Brasil atualmente, mesmo que menos que em relação aos últimos dois anos, o que acontece em parte para corrigir a rota inflacionária.

“Até porque há correção em função da inflação, em parte decorrente da desvalorização cambial pelo que passou países da América Latina”, disse. “Às vezes tem de dar uma acomodada nisso para não deixar inflação se retroalimentar, tomar medidas necessárias para colocar a inflação na meta. Mas não vai comprometer a projeção de crescimento da economia feita pela Fazenda, na casa de 2,5%”, disse.

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